Economia

Petróleo e desemprego nos EUA derrubam bolsas

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postado em 07/06/2008 10:56
O mercado financeiro teve uma sexta-feira (06/06) de grande turbulência com a alta de 8,41% nos preços do petróleo para o valor recorde de US$ 138,54 o barril, em Nova York, e o crescimento do índice de desemprego nos Estados Unidos para 5,5% em maio, o maior nível desde 2004, o que reforça a tese de que o país está em recessão. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) fechou em queda de 2% aos 69.785,9 pontos, acompanhando a desvalorização do Dow Jones (3,13%) e da Nasdaq (2,96%).

O dólar no mercado à vista acelerou os ganhos para fechar acima de R$ 1,63, cotado a R$ 1,6335 ( 0,49%) na roda da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM) e na máxima do balcão, de R$ 1,634 ( 0,43%). As tensões externas também reforçaram, no mercado de juros, as incertezas sobre o processo de ajuste do juro básico da economia brasileira.

As taxas longas dispararam na BM. O DI janeiro de 2010 (326.070) chegou a romper a resistência de 14,60% ao longo do dia, batendo a máxima de 14,61%, mas terminou em 14,58%. O DI janeiro de 2012 (71.895 contratos) subiu de 14,13% para 14,41%, com máxima de 14,49%. Os contratos de curto prazo, nos quais o quadro externo tem influência menor, fecharam em alta moderada, com o DI janeiro de 2009 (165.555 contratos) passando de 13,08% para 13,12%.

Recessão
O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos anunciou que a taxa de desemprego subiu 0,5 ponto percentual, o maior aumento em 22 anos, para 5,5% em maio, seu maior nível desde outubro de 2004, o que caracteriza recessão. Foram cortadas 49 mil vagas de trabalho, menos que as demissões de 60 mil pessoas previstas pelo mercado.

Mas o que acirrou os ânimos foi o anúncio da revisão dos dados de abril e março, que mostraram queda maior do que o anunciado anteriormente. O recuo no número de vagas de trabalho em maio foi o quinto mensal seguido, e seu reflexo sobre os ativos foi amplificado pelos dados de estoques no atacado nas empresas, que cresceram 1,3% em abril, bem acima do esperado pelos analistas (0,5%).

Esses indicadores fizeram com que o dólar se enfraquecesse em relação a outras moedas no exterior, como o euro e o iene. Nesse movimento, o petróleo disparou. O contrato para julho encerrou no recorde de US$ 138,54, alta de 8,41%, com elevação de US$ 10,75 em relação ao fechamento de ontem, a maior alta em valores na história. Na negociação intraday, outro recorde: US$ 139,12.

Veja essa matéria completa na edição deste sábado do Correio Braziliense.

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