postado em 09/06/2008 16:52
As bolsas americanas operam no final da tarde desta segunda-feira (09/06) sem uma tendência definida, divididas entre a queda do preço do petróleo e as notícias macroeconômicas e corporativas ruins.
O Dow Jones Industrial Average, principal indicador da Bolsa de Valores de Nova York, avança 0,15%, aos 12.227 pontos, enquanto que o ampliado S 500 recua 0,47%, para 1.354 unidades. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite perde 1,61%, aos 2.434 pontos.
Segundo analistas, as preocupações sobre o petróleo e a economia americana ainda persistem. A alta no Dow Jones refletiria apenas a procura por bons preços após as perdas no último pregão da semana passada --na sexta, o indicador caiu 3,13%.
Recuo
O petróleo fechou a US$ 134,35, recuo de cerca de 2%. É um alívio após a disparada que ocorreu na sexta-feira, quando o preço chegou a US$ 139,01, maior da história da negociação da commodity em Nova York. No fechamento, o barril ficou em US$ 138,54, alta de US$ 10,71, ou 8,41% --a maior alta para uma única sessão.
Boas notícias
Outras boas notícias vieram da rede americana de restaurantes fast food McDonald´s - que informou que suas vendas nas lojas abertas há pelo menos 13 meses tiveram crescimento de 7,7% em maio - e da Associação Nacional de Corretores de Imóveis( NAR, na sigla em inglês) - que informou que as vendas pendentes de casas nos EUA tiveram um crescimento de 6,3% em abril.
Desemprego
Em compensação, o banco de investimentos Lehman Brothers anunciou que prevê um prejuízo de US$ 2,774 bilhões no segundo trimestre fiscal do ano (de março a maio) e que deverá fazer uma emissão de ações de US$ 6 bilhões para cobri-lo. No mesmo período do ano passado, o banco americano teve lucro de US$ 1,273 bilhão. O prejuízo por ação ficaria em US$ 5,14, muito acima do esperado pelos analistas (US$ 0,22).
Além do Lehman, ainda repercute negativamente os dados de emprego em maio, divulgados na sexta-feira passada pelo Departamento do Trabalho. A economia americana fechou 49 mil postos de trabalho em maio, enquanto a taxa de desemprego teve a maior variação em um mês desde 1986, chegando a 5,5%. O dado, no entanto, ficou abaixo das estimativas dos analistas, que previam uma queda maior - de 60 mil empregos. A taxa de desemprego em abril foi de 5% - a taxa é a maior desde outubro de 2004.