Economia

Após dia instável, petróleo fecha em baixa, cotado a US$ 131

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postado em 10/06/2008 16:46
O preço do petróleo fechou em queda nesta terça-feira (10/06), depois de subir para US$ 137 pela manhã. A recuperação do dólar frente ao euro e a projeção de consumo menor feita pelo Departamento de Energia dos EUA ajudou a fazer com que as cotações cedessem. O barril do petróleo leve WTI para entrega em julho, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), fechou a US$ 131,31, baixa de 2,26%. O preço máximo atingido pela commodity hoje foi de US$ 137,98 e o mínimo, de US$ 130,80. O Departamento de Energia informou em um relatório mensal que o consumo de petróleo deve cair em 240 mil barris por dia neste ano - em maio, o departamento havia informado que o consumo em 2008 ficaria inalterado em relação ao de 2007. O alto preço seria a causa principal dessa redução de consumo. Na semana passada, o barril atingiu o recorde de US$ 139,01, devido à previsão do banco Morgan Stanley de que o preço da commodity pode chegar a US$ 150 em julho. Além disso, os investidores ainda se preocupam com o clima de hostilidade entre Israel e o Irã - segundo maior exportador da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Na sexta, um dos fatores que mais contribuiu para a disparada do preço foi a declaração do ministro dos Transportes de Israel, Shaul Mofaz, que disse que o Irã pode ser atacado se não abandonar seu programa nuclear. Consumo Hoje a IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla em inglês) reduziu suas previsões de consumo mundial de petróleo para este ano em 80 mil barris diários. Com isso a progressão dessa demanda mundial seria de 0,9% a respeito de 2007, com 86,8 milhões de barris diários. Nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), a demanda de petróleo neste ano deve cair 0,9% na comparação com 2007, para 48,6 milhões de barris diários, principalmente por causa dos Estados Unidos, onde o arrefecimento econômico se junta ao impacto da escalada de preços. A IEA considerou que, se a disparada dos preços prosseguir, uma nova revisão para baixo pode ocorrer. Além disso, informou que a alta do petróleo, por enquanto, está se traduzindo em maiores pressões inflacionárias, que podem atrasar a recuperação nos EUA e afetar sistemas de subvenção de combustíveis em alguns países em desenvolvimento. Os investidores também viram como sinal positivo a declaração do secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, que afirmou não estar descartada uma intervenção do governo no câmbio. "Eu nunca retiraria da mesa uma intervenção (no câmbio) nem qualquer outra ferramenta de política (econômica)", disse à rede de TV CNBC.

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