Economia

Petróleo volta a US$ 138 com queda no estoque

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postado em 11/06/2008 16:14
O preço do petróleo recuperou nesta quarta-feira (11/06) o terreno que cedeu ontem. As preocupações sobre a oferta mundial da commodity voltaram ao primeiro plano, depois que o Departamento de Energia dos EUA divulgou hoje uma queda em seus estoques na semana passada (os EUA são o maior consumidor mundial de petróleo). O barril do petróleo cru para entrega em julho, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), encerrou o dia cotado a US$ 136,38, alta de 3,86%. Durante o dia, o preço máximo atingido pelo barril chegou a US$ 138,30 e o mínimo, a US$ 131,35. O estoque de petróleo dos EUA teve uma queda de 4,6 milhões de barris na semana passada, ficando em 302,2 milhões de barris, segundo o relatório semanal do departamento. A queda superou as expectativas dos analistas, que previam uma queda menor, de cerca de um milhão de barris. As reservas de gasolina, por sua vez, cresceram em um milhão de barris na semana passada. Hoje o dólar registrou nova queda frente ao euro: a moeda européia subiu hoje e encerrou o dia em Frankfurt cotada a US$ 1,5538, contra US$ 1,5492 de ontem. O BCE (Banco Central Europeu) fixou hoje o câmbio oficial do euro em US$ 1,5515. O dólar fraco tem levado o barril da commodity a registrar recordes sucessivos - o mais recente foi o atingido na sexta-feira (6), US$ 139,01. Intervenção Na segunda-feira (09/06), o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, não descartou que o governo possa intervir no câmbio para interromper a queda do dólar. "Eu nunca retiraria da mesa uma intervenção (no câmbio) nem qualquer outra ferramenta de política (econômica)", disse Paulson à rede americana de TV CNBC. A expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) aumente sua taxa de juros (hoje em 4% ao ano) em setembro também provoca movimentos descendentes no dólar em relação ao euro. Importações Ontem, o Departamento de Comércio informou que os gastos americanos com as importações de petróleo em abril tiveram um aumento de US$ 4,3 bilhões, ficando em US$ 29,3 bilhões (valor recorde); o preço médio do barril importado também atingiu nível recorde, US$ 96,81. O preço médio do galão (3,785 litros) de gasolina nos EUA reflete essa disparada do petróleo: hoje, a AAA (Associação Americana do Automóvel, na sigla em inglês) informou que o galão chegou a US$ 4,052 (a pesquisa da AAA é baseada em registros de compras de combustível com cartões de crédito em 85 mil postos do país).

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