postado em 12/06/2008 17:28
Os preços do barril do petróleo em Nova York fecharam em leve alta nesta quinta-feira (12/06) após uma sessão volátil, alternando altas e baixas, frente à ausência de fatores determinantes.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, (Nymex, na sigla em inglês), os contratos de petróleo cru para entrega em julho terminaram cotados a US$ 136,74, em alta de US$ 0,36 (0,26%) em relação ao fechamento de ontem. Em Londres, o barril de petróleo Brent (referência na Europa) para entrega em julho subiu US$ 1,07, a US$ 136,09.
Assim como ontem, a sessão desta quinta-feira foi agitada e instável. Os preços da commodity chegaram a cair mais de US$ 5 na primeira parte dos negócios, mas se recuperaram nos últimos dez minutos do pregão.
"Os investidores foram tomados por uma febre compradora sem razão aparente e subitamente venderam também sem muitas explicações", disse Mike Fitzpatrick, analista da MF Global. Segundo Eric Wittenauer, da Wachovia Securities, a recuperação do dólar, moeda em que se comercializa o petróleo, motivou, a princípio, a venda por parte dos investidores.
Por outro lado, a decisão da Nigéria, que perdeu o lugar de primeiro produtor africano em detrimento da Angola, de recuperar o controle desencadeou, posteriormente, um movimento de compra - e portanto, de alta dos preços.
A Nigéria planeja duplicar sua produção de petróleo até 2010 para passar de 2 a 4 milhões de barris diários, anunciou nesta quinta-feira, em Paris, o presidente nigeriano Umaru Yaradua.
Opep
Além disso, o presidente em exercício da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), o ministro argelino de energia Chakib Khelil, descartou nesta quinta-feira que o cartel vá aumentar sua produção, estimando que "há uma sobreprodução de 500 mil barris diários". Jelil afirmou que a Opep "descarta recorrer a um incremento da produção porque, no momento, a oferta é superior a demanda" e lembrou que o Iraque aumentou sua produção e a Arábia decidiu fazer o mesmo em cerca de 300 mil barris por dia.
Por sua vez, o ministro do petróleo do Irã, Gholam Hosein Nozari, insistiu hoje que a alta dos preços do petróleo não se deve a escassez de oferta e que o fornecimento da matéria-prima no mercado internacional são suficientes. Com informações da France Presse.