Economia

Salários perdem poder de compar

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postado em 14/06/2008 09:35
Apesar do aumento real de 11,2% das receitas do setor do comércio entre 2000 e 2006, o salário médio do trabalhador despencou de 4,7 para três salários mínimos no período. A Pesquisa Anual de Comércio (PAC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a remuneração média das grandes empresas comerciais (com mais de 250 funcionários) caiu em todas as regiões com destaque para o Sudeste (cedeu de 5,4 para 3,5 salários mínimos) e o Centro-Oeste (de 4,6 para 2,9 salários mínimos). Segundo o analista do IBGE, Luiz Andrés Paixão, os salários médios tiveram redução porque não receberam o mesmo reajuste que o salário mínimo, que tem apresentação bem acima da inflação. No caso da massa salarial, a representatividade da Região Sudeste, retiradas as outras remunerações, cedeu de 63,4% em 2000 para 62,8% em 2006. No Centro-Oeste, houve uma elevação de 5,6% para 6,5%. ;A massa salarial cresceu muito na Região Centro-Oeste puxada pelo agrobusiness. Além disso, muitas empresas têm sido atraídas para o local pagando salários melhores do que em outras áreas;, destacou Paixão. O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, afirmou que o valor dos salários no setor não tem subido devido ao número elevado de trabalhadores contratados sem especialização.

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