Economia

Petróleo avança 2% e volta ao patamar de US$ 136

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postado em 18/06/2008 17:32
O preço do petróleo registrou forte alta nesta quarta-feira (18/06). Após a divulgação de quedas abaixo do previsto nas reservas americanas, o preço teve ligeiro recuo, mas a ameaça de greve em uma unidade da Chevron na Nigéria retomou as preocupações sobre a oferta da commodity. O barril do petróleo cru para entrega em julho, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), encerrou o dia cotado a US$ 136,68 (alta de 1,99%) em relação ao fechamento anterior (US$ 134,01). Os trabalhadores da unidade da Chevron, na Nigéria, ameaçavam entrar em greve após o fracasso da negociação entre o sindicato e a direção da empresa. "A notícia sobre os trabalhadores nigerianos na Chevron prestes a entrar em greve é perturbadora porque eles produzem o petróleo cru leve, que é o que queremos, e se a Opep não elevar a produção (...) vai haver uma corrida pelo petróleo", disse Mark Waggoner da Excel Futures. Reunião O preço também reagiu negativamente à declaração do governo americano de que não espera que a Arábia Saudita anuncie um novo aumento de produção, na reunião entre representantes de países produtores e consumidores no próximo dia 22. A Casa Branca informou hoje que o secretário de Energia, Samuel Bodman, vai liderar a delegação americana que participará da reunião na Arábia Saudita. Ante a disparada das cotações do petróleo, cujos efeitos em nível mundial começam a incomodar a potência petrolífera saudita, esta tomou a iniciativa de reunir os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Países produtores que não integram o cartel, como Rússia, Noruega, México e Brasil, assim como os principais consumidores, entre eles EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Japão, China, Índia e África do Sul também foram convidados, assim como a AIE (Agência Internacional de Energia) e os maiores grupos petrolíferos. Reservas O Departamento de Energia informou hoje que as reservas de petróleo cru dos Estados Unidos caíram em 1,2 milhões de barris na semana passada, situando-se em 301 milhões - a maioria dos analistas esperava um recuo de 2 milhões de barris nos estoques. Com esta redução de 0,4%, as reservas de petróleo estão dentro da média nesta época do ano. Sobre os estoques de gasolina, o relatório apontou queda de 1,2 milhão de barris (0,6%), para 208,9 milhões, frente aos 210,1 milhões da semana anterior. Os analistas esperavam alta de 1 milhão de barris nas reservas de gasolina. Hoje também o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu ao Congresso que suspenda a proibição (em vigor há mais de 25 anos) da extração de petróleo na plataforma continental do país em alto mar - onde, segundo ele, há reservas de 18 bilhões de barris. O pedido de Bush teve efeito positivo mas breve nas cotações. "O Congresso precisa encarar uma realidade difícil (...) A menos que os membros [do Congresso] estejam dispostos a aceitar preços da gasolina nos níveis dolorosos de hoje, ou mesmo mais altos, nosso país precisa produzir mais petróleo, e temos de começar agora", afirmou. O preço médio do galão (3,785 litros) de gasolina nos EUA já passou de US$ 4.

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