As vendas de produtos da Gradiente estão suspensas no Distrito Federal. O presidente do Instituto de Defesa do Consumidor do DF (Procon-DF), Peniel Pacheco, assinou nesta quarta-feira (18/06) medida cautelar administrativa proibindo a comercialização de produtos da fabricante localmente por um período de 30 dias. O motivo é que a gigante nacional do setor eletrônico enfrenta graves problemas financeiros e não tem conseguido arcar com reposição de peças e pagamento de seus agentes autorizados que prestam assistência técnica. Tramitam no Procon-DF 57 processos abertos por consumidores locais que se sentiram lesados pela empresa.
;Diante das evasivas da Gradiente, que alega não poder dar vazão à demanda por assistência técnica em razão de problemas de liquidez, decidimos pela suspensão;, explica Peniel Pacheco. Segundo ele, a medida tem respaldo no Código de Defesa do Consumidor (CDC), que prevê interrupção temporária do fornecimento de serviços ou produtos que apresentarem vícios não sanados pela empresa responsável.
Pacheco afirma ainda que, caso a Gradiente não forneça peças ou conserte os aparelhos defeituosos que estavam na garantia em um período de 30 dias, pode pagar multa no valor de R$ 10 mil por produto. ;Houve caso de consumidores que tiveram que pagar pelo conserto de produtos dentro do prazo de garantia;, relata.
A partir desta quinta (19/06), agentes do Procon vão notificar lojas de artigos eletroeletrônicos do DF. Estas estarão sujeitas a sanções caso descumpram a medida cautelar administrativa e comercializem produtos da Gradiente.
Outros estados
No último dia 13 de junho, o Procon de Mato Grosso também suspendeu as vendas de artigos da Gradiente. O Procon de São Paulo, por sua vez, tem adotado a estratégia de tornar os comerciantes que venderem produtos da empresa solidários à garantia legal e contratual dos itens. O órgão alega que, na hora da venda, as lojas omitem do consumidor a informação de que a fornecedora passa por problemas e não está oferecendo assistência técnica.