postado em 19/06/2008 16:26
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (19/06), em entrevista no auditório do ministério, que a inflação continua dentro da meta, no intervalo de tolerância de dois pontos porcentuais para cima e para baixo do centro do alvo definido pelo governo para o ano, de 4,5% (ou seja, de 2,5% a 6,5%). Ao comentar a pressão inflacionária no País, ele afirmou que fica nítido o papel dos alimentos na elevação dos índices nos últimos meses.
Segundo ele, o mundo está vivendo o maior choque de preços desde os anos 1970. Está tendo choque simultâneo de petróleo, alimentos e metais básicos. O ministro ponderou, entretanto, que o Brasil está numa situação melhor do que outros países, com a economia continuando a crescer. "A rigor, a economia continua crescendo e, em outros países, a atividade econômica desacelerou. Aqui, continuamos com crescimento satisfatório", reforçou.
Mantega disse que, durante a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e economistas "ilustres" nesta manhã, foi feita uma avaliação das medidas adotadas pelo governo para combater a inflação. Sem citar números, ele comentou que o aumento do superávit primário (definido recentemente, em meio ponto porcentual, para 4,3% do PIB) é muito importante para reduzir a demanda agregada na economia, que traz impactos para a inflação.
Segundo o ministro, o Brasil vive uma combinação de elevação de preços externos, no momento em que a economia está aquecida. Essa situação, ponderou, leva à preocupação do governo de não permitir o contágio e impedir a propagação do aumento dos preços.
O ministro destacou a importância da necessidade de impedir essa propagação e ponderou que a elevação do preço do petróleo impacta outros preços, como os de adubos, que levam ao aumento dos preços dos alimentos. "O trabalho do governo é impedir sua propagação e tomar as medidas necessárias para atenuar o aumento da demanda", repetiu