Economia

Petróleo sobe, de olho em reunião na Arábia Saudita

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postado em 20/06/2008 09:44
Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta sexta-feira (20/06), tanto em Londres quanto em Nova York, com investidores aproveitando o recuo desta quinta-feira (19/06) da matéria-prima (commodity) para comprar, disseram analistas. O foco do dia está no encontro de energia na Arábia Saudita neste fim de semana e em como a reunião poderá impactar a dinâmica entre oferta e demanda. Os olhos se voltam para o encontro entre produtores e consumidores na cidade saudita de Jeddah no domingo (22/06), "o que provavelmente será o encontro mais crucial que o mercado de petróleo viu em anos", disse Robert Laughlin, da MF Global. "Contra o pano de fundo de crescentes tensões internacionais recentes sobre os preços do petróleo e uma inclinação para intervenção regulatória interna em muitos países, a reunião de Jeddah talvez tenha se tornado o símbolo de um conjunto de potenciais políticas divisoras de águas", disseram analistas do Barclays Capital. Às 9h06 (de Brasília), o contrato futuro do petróleo tipo WTI com vencimento em julho subia 2,04%, a US$ 134,62 por barril na sessão eletrônica da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Na plataforma da Bolsa Intercontinental (ICE), em Londres, o contrato futuro do petróleo tipo Brent com vencimento em agosto avançava 2,11%, a US$ 134,79 o barril. "Os contratos futuros de petróleo sobem nesta manhã, recuperando-se das perdas de ontem, com investidores aproveitando a oportunidade para comprar, uma vez que a tendência de alta no longo prazo permanece intacta", disse Andrey Kryuchenkov, analista da Sucden Research. Ele acrescentou que a desvalorização do dólar também dá suporte à commodity. Ontem, os contratos caíram forte - mais de 3% em Nova York para US$ 131,93 o barril - em reação ao anúncio de que a China elevou os preços domésticos de gasolina e diesel, com investidores refletindo sobre como esse aumento pode afetar a demanda no mercado chinês. Mas as vendas trouxeram uma oportunidade de compra para os investidores hoje, dado que as restrições de oferta ainda existem, particularmente com a contínua tensão na Nigéria, que resultou no fechamento de um campo da petrolífera holandesa Royal Dutch Shell ontem.

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