Economia

Servidores do Tesouro deixam decisão sobre greve para a próxima quarta-feira

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postado em 20/06/2008 13:49
A pedido do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, técnicos de finanças e controle e analistas de finanças do órgão decidiram deixar para a próxima quarta-feira (25/06) a decisão sobre uma possível paralisação completa das atividades. Até lá, eles esperam uma contraproposta do governo para a categoria. Segundo o presidente da União Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon), Fernando Antunes, o início da greve nesta sexta-feira seria uma sinalização de endurecimento do movimento com conseqüências para os serviços essenciais. "Essas atividades importantes continuarão sendo feitas porque, durante a paralisação, nós temos tido o cuidado de dar seguimento a todas as atividades essenciais. Quando a greve for decretada, será o momento de enfrentamento duro, um momento de rompimento, e as conseqüência serão mais graves." Esta semana a categoria promoveu uma paralisação de 72 horas que, segundo a Unacon, contou com a adesão de 80% de um total de 720 servidores. Os técnicos prometem, porém, continuar de braços cruzados. Por enquanto, o Tesouro tem conseguido manter os leilões de títulos, que chegaram a ser ameaçados pelos servidores. Eles reivindicam equiparação salarial com o pessoal da Receita Federal. "Essa questão de alinhamento com o salário da Receita Federal é um discurso aparentemente bastante singelo. Mas a questão é mais profunda, pois, no momento em que o governo trata duas carreiras igualmente técnicas, igualmente capacitadas, de forma bastante diferenciada, isso dificulta bastante", disse Fernando Antunes. Um técnico (cargo de nível médio) do Tesouro ganha, em média, R$ 4,5 mil, contra R$ 6 mil de quem exerce a mesma função na Receita. Um auditor (cargo de nível superior) recebe R$ 8 mil no Tesouro e R$ 10,5 mil na Receita. A próxima assembléia para definir os rumos do movimento está marcada para quarta-feira que vem. Os analistas e técnicos de finanças da Controladoria-Geral da União (CGU) também pedem equiparação salarial com o pessoal da Receita. Dos 2 mil servidores do órgão, 1,2 mil aderiram ao movimento.

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