Economia

Países emergentes estão pessimistas com negociações agrícolas na OMC

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postado em 21/06/2008 10:12
O Brasil e outros países em desenvolvimento indicaram em Genebra que as propostas sobre agricultura nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) não vão muito longe e se mostraram pessimistas sobre sua conclusão neste ano. "As opções sobre a mesa não parecem se adequar às necessidades de avanços substanciais no acesso ao mercado", indicou o grupo G20 de países em desenvolvimento em um comunicado divulgado na noite de sexta-feira. No comunicado, os integrantes do G20 consideram que os países desenvolvidos são os responsáveis pela ausência de progressos, e indicaram que "não há indicação alguma sobre o que esses países se preparam para fazer" em relação ao corte dos subsídios agrícolas. As negociações entre os 152 membros da OMC para a redução das barreiras ao comércio mundial foram relançadas em Doha em 2001 com o objetivo de obter um acordo em 2004. Mas a partir de então esbarraram nas divergências entre países ricos e emergentes nas questões relacionadas aos subsídios agrícolas e aos bens industriais. No dia 5 de junho o Brasil acusou os países ricos da Europa e os Estados Unidos de tentarem vender "um carro usado a um preço muito caro". "A primeira coisa que pedimos é que reduzam significativamente os subsídios (agrícolas); a segunda, que não nos cobrem demais por um carro usado", afirmou Celso Amorim, ministro brasileiro das Relações Exteriores. Amorim se referiu aos cortes dos subsídios agrícolas oferecidos pelos países ricos, pouco ambiciosos segundo o Brasil, em troca de exigências de grandes reduções das tarifas aplicadas pelos países emergentes aos produtos industrializados.

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