Economia

Mundo terá petróleo para muitas décadas, diz Arábia Saudita

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postado em 22/06/2008 12:13
O mundo conta com petróleo suficiente para "muitas décadas", declarou neste doming (22/06) o ministro do Petróleo saudita, Ali al-Naimi, assegurando que a capacidade de produção do reino poderá subir até os 15 milhões de barris por dia caso seja necessário. "O mundo tem reservas de petróleo suficientes, tanto convencionais quanto não convencionais, para atender à demanda durante muitas, muitas décadas", disse Naimi em uma reunião entre os principais consumidores e produtores de cru em Jidda. "As preocupações relacionadas a uma escassez da oferta a longo prazo parecem estar desempenhando um forte papel no aumento do preço dos contratos petroleiros a futuro, embora ache que essas preocupações são muito equivocadas", acrescentou. O rei saudita Abdallah anunciou neste domingo que a Arábia Saudita, maior produtora e exportadora mundial, elevou sua produção para 9,7 milhões de barris por dia, seu nível máximo desde 1981, quando produziu cerca de 10 milhões de barris por dia. Atualmente há projetos para "elevar o nível máximo de produção para 12,5 milhões de barris por dia para final do próximo ano", disse Naimi. O reino identificou uma série de projetos de petróleo com uma capacidade de produção de cerca de 2,5 milhões de b/d "que poderiam ser realizados se os níveis de demanda de cru garantissem seu desenvolvimento". O secretário de Energia norte-americano, Samuel Bodman, afirmou que "a produção não seguiu o ritmo da crescente demanda de petróleo, o que gerou preços cada vez mais elevados e voláteis". Mas Naimi assegurou que os preços recordes não refletem as leis da oferta e da demanda. "Há um ano, os preços oscilavam em torno dos US$ 65 o barril. Agora valem quase o dobro", enquanto que "entre o segundo trimestre de 2007 e o segundo trimestre de 2008, a demanda mundial subiu de uma média de 800 mil (barris) para 1,2 milhão de barris por dia", disse. "Ao mesmo tempo, a oferta mundial de cru subiu entre 1,4 e 1,6 milhão de barris por dia, substancialmente mais do que o aumento da demanda", afirmou.

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