postado em 22/06/2008 21:52
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, que participou neste domingo da reunião convocada pelo governo da Arábia Saudita para discutir os preços mundiais do petróleo, afirmou na saída do encontro que, apesar da forte preocupação com a situação mundial, "o Brasil tem perspectivas favoráveis, tanto no que diz respeito ao aumento considerável de petróleo, com as recentes descobertas da Petrobras, como na produção de biocombustíveis".Gabrielli destacou a importância do encontro, observando que, pela primeira vez, foram reunidos grandes empresas de petróleo, países produtores e exportadores e países consumidores, como Japão, China e Índia. Após nove horas de reunião, o executivo observou que as conversas sobre preço, demanda e oferta são extremamente complexas. "O problema envolve múltiplos fatores, e esse conjunto o afeta de forma diferenciada." As informações sobre a participação da Petrobras no evento foram distribuídas pela própria companhia, na tarde deste domingo.
Demanda e oferta
Segundo Gabrielli, entre os aspectos discutidos na reunião está a demanda crescente, principalmente em países não desenvolvidos. "Isso é bastante positivo, pois demonstra crescimento e melhoria da qualidade de vida da população", afirmou. Por outro lado, também foram debatidos os problemas de oferta, tanto em relação à produção quanto ao refino.
A complexidade das discussões também é evidenciada pela questão do aumento dos custos da indústria e pelas peculiaridades de alguns países. "Uns mantêm subsídios e combustível barato, outros mantêm taxação extremamente elevada e os preços altos", observou Gabrielli.
O presidente da Petrobras fez parte da missão brasileira que participou da reunião em Jeddah, na Arábia Saudita. A missão foi chefiada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O Brasil participou da reunião na condição dupla de produtor e consumidor de petróleo.