Economia

Economistas prevêem inflação acima de 6% em 2008, diz pesquisa do BC

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postado em 23/06/2008 09:51
Economistas e analistas do mercado financeiro aumentaram novamente suas previsões para a inflação em 2008, segundo a pesquisa semanal do Banco Central conhecida como relatório Focus. A expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como meta de inflação, subiu pela 13ª semana seguida. O IPCA deve fechar o ano a 6,08%, acima dos 5,80% esperados até a semana passada. Se confirmado, o indicador ficaria acima do centro da meta de inflação para esse ano, que é de 4,5%. Para 2009, a previsão para o IPCA subiu de 4,63% para 4,78%. Os demais indicadores de inflação pesquisados pela instituição também tiveram as projeções para 2008 elevadas pelo mercado. O maior destaque foram os IGPs, que servem de base para o reajuste de aluguéis e tarifas. A expectativa do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) subiu de 9,96% para 11,02%; o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) teve a previsão aumentada de 10% para 10,36%; e o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica) ficaria em 5,79%, ante 5,52% da semana anterior. A estimativa de inflação para os preços administrados subiu de 3,70% para 3,75%. Juros Os economistas mantiveram a previsão de que a taxa básica de juros termine 2008 em 14,25% ao ano, feita na semana passada. Para o final de 2009, a estimativa de que a Selic estaria em 12,75% subiu para 12,30% ao ano. No início do mês, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) aumentou a taxa básica de juros de 11,75% para 12,25% ao ano. Na ata da reunião, os diretores do BC dizem que continuarão aumentando os juros "enquanto for necessário". Agora, o mercado espera um aumento para 12,75% na reunião do Copom do final de julho; para 13,25% na reunião no início de setembro; 13,75% em outubro; e para 14,25% em dezembro (o Copom se reúne a cada 45 dias aproximadamente). PIB A previsão para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) se manteve em 4,80% em 2008. Para 2009, foi mantida a taxa de 4%. Ambas estão abaixo da projeção oficial do governo, de 5% para os dois anos. A estimativa para o dólar caiu de R$ 1,70 para R$ 1,68 no final deste ano. Para dezembro de 2009, a previsão ficou em R$ 1,77. A previsão do saldo da balança comercial em 2008 caiu de US$ 23,35 bilhões para US$ 23 bilhões. Para 2009, caiu de US$ 15,61 bilhões para US$ 15 bilhões. Contas externas Caíram as expectativas de investimentos estrangeiros diretos, de US$ 34,15 bilhões para US$ 34 bilhões (2008). Para 2009, foi mantida a previsão de US$ 30 bilhões. Foi mantida a previsão para a relação dívida/PIB, em 41,10% neste ano, e no saldo em conta corrente, com um resultado negativo de US$ 23 bilhões em 2008.

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