postado em 24/06/2008 18:05
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve uma jornada de negócios bastante instável, em que tentou recuperar terreno após amargar perdas de 11% nas últimas semanas. O mercado acionário brasileiro, no entanto, não resistiu ao cenário negativo das Bolsas internacionais e encerrou os negócios em baixa. Em 16 pregões registrados em junho, a Bolsa emendou 12 com fechamento negativo. No mês, a Bolsa acumula perdas de 11,6%. No ano, ainda está positiva em 0,44%.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, retraiu 0,73%, para os 64.167 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,26 bilhões.
O dólar comercial foi trocado por R$ 1,603 na venda, em declínio de 0,68%. A taxa de risco-país marca 205 pontos, número 3% mais alto que a pontuação final de ontem.
Na Europa, o fraco desempenho da economia americana afetou as principais Bolsas de Valores, que encerraram a jornada de hoje em terreno negativo, a exemplo de Londres, onde o índice FTSE perdeu 0,57$, e em Frankfurt, onde o índice Dax caiu 0,81%. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, retraiu 0,29%.
O mercado permanece sob expectativa da reunião do Federal Reserve (banco central americano), que anuncia amanhã a nova taxa básica de juros dos EUA. A maioria dos analistas aposta na manutenção dos juros em 2% ao ano. O principal temor do mercado, no entanto, reside no teor do comunicado pós-reunião, em que o Fed sinaliza suas expectativas para a economia americana.
"O Fed provavelmente vai optar por um estilo que sugira mais atenção ao panorama da inflação enquanto sublinha os riscos sobre o crescimento. Como resultado, o comunicado provavelmente deve ser menos um desenho sobre a evolução da economia do que uma lembrança de que o Fed faz o balanço de riscos entre crescimento e inflação", avalia o economista Davi Rosenberg, economista do banco de investimentos Merrill Lynch.
IPC-S e crédito
Entre as principais notícias do dia, a inflação medida pelo IPC-S Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) de 22 de junho de 2008 recuou em seis das sete capitais pesquisadas no período, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O BC revelou que o volume de crédito país bateu novo recorde no mês passado e atingiu R$ 1,044 trilhão, o que corresponde a 36,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Exterior>
No front externo, a Standard & Poor´s revelou que os preços dos imóveis residenciais nos EUA tiveram quedas recorde em abril. O índice S/Case-Shiller recuou 15,3% nas 20 maiores regiões metropolitanas de país e 16,3% nas 10 maiores regiões metropolitanas, na comparação com abril de 2007. O índice de confiança do consumidor americano, medido pelo instituto privado Conference Board, caiu de 58,1 para 50,4 pontos neste mês. O índice do Conference Board é um importante indicador sobre as tendências de consumo, umas das principais alavancas da economia dos EUA.