Economia

Indústrias com mais de mil empregados mostraram maior dinamismo em dez anos

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postado em 25/06/2008 10:27
As grandes empresas do setor industrial que empregam mais de mil pessoas são as que apresentaram maior dinamismo nos últimos dez anos. Indústrias de grande porte são aquelas com 250 pessoas ocupadas ou mais. É o que revela a Pesquisa Industrial Anual ; Empresa (PIA-Empresa), divulgada nesta quarta-feira (25/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A economista Isabela Nunes, gerente do Grupo de Análise do IBGE, informou à Agência Brasil que essas empresas ;são mais dinâmicas e acabaram gerando 60% do valor total do setor em 2000. Ou seja, as empresas grandes já respondem por 80% do total. Dentre as grandes, aquelas que têm mais de mil pessoas ocupadas respondem por 60%;. Em 1996, havia no país 3.168 grandes indústrias em atividade. Em 2006, o número subiu para 3.448, revelando incremento de 8,8%. Entre as companhias com mais de mil empregados, que passaram de 588 para 764 no período, o acréscimo observado foi de 29,9%. O contingente de pessoas ocupadas na grande indústria como um todo era de 2,7 milhões em 1996 e aumentou para 3,4 milhões em 2006, com crescimento de 24,9%. De acordo com a pesquisa, nas empresas com mil empregados ou mais, o aumento do total de pessoas ocupadas foi de 42,7%. Segundo a economista do IBGE, foi também esse segmento das grandes indústrias o único que se mostrou dinâmico no período de 1996 a 2006, alterando o tamanho médio, que é a relação entre pessoal ocupado e número de empresas. ;A ocupação média dessas empresas com mil pessoas ou mais era de 2.570 e passou para 2.821 em dez anos. O crescimento foi de 9,8%;. Apesar de equivalerem a somente 22,2% das grandes empresas, as indústrias com mil empregados ou mais têm a maior participação em pessoal ocupado (63,8%), no valor da transformação industrial (76,1%), nos salários pagos (68,5%) e na receita líquida de vendas (72,3%). A pesquisa mostra que as companhias com mil ou mais pessoas ocupadas tiveram um ganho na distribuição de empregos no total da indústria. A participação pulou de 29,4% em 1996 e 27,2% em 2000 para 31,9% em 2006. Do mesmo modo, foi apurada expansão da participação na produção. O valor da transformação industrial subiu para essa faixa de empresas de 48,7% em 1996, para 53,8% em 2000, e 60% em 2006.

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