As Bolsas americanas operam em alta nesta quarta-feira (25/06), após a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), de manter sua taxa de juros em 2% ao ano. O comunicado do banco chama a atenção para os riscos inflacionários, ao mesmo tempo em que vê um cenário favorável para algum crescimento da economia.
Às 15h51 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em alta de 0,48%, indo para 11.863,61 pontos no índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), enquanto o S 500 subia 1,03%, para 1.327,88 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em alta de 1,53%, indo para 2.404,45 pontos.
Após sete cortes consecutivos (entre setembro do ano passado e abril deste ano), o Fed manteve sua taxa de juros hoje. O banco vinha afirmando nas últimas semanas que iria combater as pressões inflacionárias na economia americana --o que foi entendido pelos analistas como sinal de alta da taxa neste ano--, mas os sinais de fraqueza podem dificultar a elevação dos juros.
No comunicado divulgado após a decisão, o Fed informou que a atividade econômica em geral continua a se expandir, em parte refletindo "alguma estabilização nos gastos dos consumidores". A nota destaca, no entanto, a pressão a que estão submetidos os mercados de trabalho e financeiro.
Mesmo esperando que a inflação apresente alguma moderação entre o fim deste ano e o próximo, "a incerteza sobre o cenário de inflação continua alta", devido às altas nos preços da energia e de outras commodities, além dos indicadores de expectativas de inflação estarem altos.
"Embora os riscos de baixa para o crescimento permaneçam, eles parecem ter diminuído um pouco, e os riscos para a inflação e as expectativas de inflação cresceram", diz o documento.
Os investidores, no entanto, encontraram ânimo para os negócios uma vez que a taxa ficou de acordo com o esperado. Dos integrantes do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês, equivalente ao Copom no Brasil) com direito a voto, nove decidiram manter e um votou pela elevação da taxa.