postado em 25/06/2008 17:29
A decisão do Federal Reserve, banco central americano, permitiu que Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tomasse fôlego e recuperasse parte das perdas acumuladas no mês. O mercado gostou do que leu no comunicado pós-reunião: a autoridade monetária reforçou que a preocupação maior agora é com as pressões inflacionárias.
O Ibovespa, indicador que reflete os preços das ações mais negociadas, valoriza 2,63%, para os 65 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,56 bilhões.
O dólar comercial foi trocado por R$ 1,592 na venda, em retração de 0,68%, a menor cotação desde janeiro de 1999. A taxa de risco-país marca 209 pontos, número 1,95% mais alto que a pontuação final de ontem.
Na Europa, as ações do setor bancário contribuíram para que as principais Bolsas encerrassem o expediente em terreno positivo, a exemplo de Londres (0,56%) e Frankfurt (1,25%). Nos EUA, a Bolsa de Nova York registrou leve alta de 0,04%.
Taxa básica
O Fed anunciou hoje a decisão de manter a taxa básica de juros dos EUA em 2% ao ano, conforme o esperado pelo mercado financeiro. A decisão não foi consensual: um dos diretores votou pelo aumento da taxa, algo esperado pelos analistas somente para a reunião de agosto.
Em seu comunicado pós-reunião, o colegiado de diretores do Fed sublinha ter expectativas de que a inflação entre em ritmo mais moderado nos próximos meses. A autoridade monetária reconhece, no entanto, que a alta dos preços de energia e de outras commodities mantém em nível elevado a incerteza sobre o panorama inflacionário.
"Embora os riscos de baixa para o crescimento permaneçam, eles parecem ter diminuído um pouco, e os riscos para a inflação e as expectativas de inflação cresceram", acrescenta o colegiado de diretores, em seu habitual balanço de riscos.