Economia

BNDES e Petrobras serão estatais mais afetadas por mudanças no orçamento

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postado em 25/06/2008 18:58
A Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) são as estatais mais afetadas pela decisão do governo de exigir um pagamento maior de dividendos para financiar o Fundo Soberano e o aumento do Bolsa Família. Segundo o ministro Paulo Bernardo (Planejamento), essas e outras estatais terão de pagar neste ano R$ 5 bilhões a mais em dividendos (lucros que são distribuídos aos acionistas, no caso, o Tesouro Nacional). A previsão inicial é que fossem pagos R$ 9,5 bilhões neste ano. O ministro diz que, nos últimos dois anos, o governo exigiu menos dividendos do que o previsto na lei para que essas empresas pudessem aumentar os seus investimentos. Agora, o governo irá cobrar essa diferença. "No caso do BNDES, no ano passado eles não pagaram nada de dividendo. Mas ficou combinado que eles estão devendo para nós", disse. "Podemos até negociar o nível de repasse, mas nós pretendemos receber R$ 5 bilhões a mais do que estava previsto inicialmente." Em relação à Petrobras e outras empresas que pagam royalties de petróleo, o valor de R$ 1 bilhão a mais que será pago ao governo se deve a uma reestimativa por conta do aumento no preço do produto. O ministro diz não acreditar que esses valores a mais irão atrapalhar os investimentos estatais. "Temos condições de arrecadar o que é devido ao Tesouro sem prejudicar o desempenho das empresas." Ministérios Em relação aos cortes anunciados hoje, a maior parte virá do orçamento dos ministérios. "Nós vamos diminuir limites de gastos que já foram dados em até R$ 2,4 bilhões", disse o ministro. "Nesse caso, como nós vamos fazer ajustes em ministérios, que em alguns casos serão ajustes fortes, ou relativamente fortes, o presidente determinou que nós falássemos com os ministros."

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