Economia

Dona da marca Budweiser cortará 1.290 empregos este ano

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postado em 27/06/2008 20:48
A cervejaria norte-americana Anheuser-Busch (AB, dona da marca Budweiser) informou nesta sexta-feira (27/06) que pretende cortar até 1.290 empregos neste ano, como parte de um plano para impulsionar seus lucros. Executivos da empresa disseram, segundo o diário americano "The Wall Street Journal", que pretendem reduzir em US$ 1 bilhão as despesas da empresa até 2010. Como parte desse programa, a AB informou ainda que deve abrir um plano de aposentadorias antecipadas no terceiro trimestre, com a expectativa de atrair entre 10% e 15% de sua força de trabalho (cerca de 30 mil pessoas no mundo inteiro). Ontem, a AB rejeitou a oferta hostil de compra por cerca de US$ 46 bilhões (US$ 65 por ação) apresentada pela rival belgo-brasileira InBev por considerá-la "inadequada e em desacordo com os interesses dos acionistas". "A proposta da InBev subestima significativamente os ativos excepcionais e as perspectivas de nosso grupo", disse Patrick Stokes, presidente do conselho administrativo da Anheuser-Busch. "O preço proposto não reflete a situação de força das marcas de reconhecimento internacional da Anheuser-Busch, como a Bud Light e a Budweiser, as mais vendidas no mundo." O executivo-chefe da InBev, Carlos Brito, já disse, no entanto, que considera o valor oferecido por ação à AB o preço justo. A Inbev fez a oferta à direção de Anheuser-Busch em 11 de junho passado, para formar a maior cervejaria do planeta, reiterando-a em 16 de junho, advertindo posteriormente a Anheuser-Busch contra uma aliança defensiva da cervejaria americana com o mexicano Grupo Modelo. Segundo analistas, a InBev ainda pode ter chance de adquirir a AB se elevar a oferta. A empresa, no entanto, planeja levar a oferta diretamente aos acionistas e ontem recorreu a uma corte no Estado de Delaware (nordeste dos EUA) para confirmar se os acionistas podem retirar 13 diretores da empresa norte-americana sem justificativa. A InBev argumenta que os oito diretores eleitos depois de 2006 estão sujeitos à remoção sem justificativa através de uma procuração. O executivo-chefe da AB, August Busch 4°, não comentou a negociação que a empresa estaria travando com o mexicano Grupo Modelo. O "WSJ" havia informado neste mês que a manobra seria uma forma de combater a oferta da InBev.

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