Economia

Tesouro e CGU votam proposta de aumento do Governo nesta segunda

;

postado em 28/06/2008 09:32
Na tentativa de acabar com a greve dos servidores do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União o governo apresentou uma proposta de aumento que, mesmo não sendo considerada a ideal pelos sindicatos, será analisada pelas duas categorias. Em assembléia marcada para segunda-feira (30/06), os funcionários vão decidir se aceitam ou não a oferta. Fruto de intensas negociações com a área econômica, a proposta refaz a atual tabela salarial e mira as remunerações praticadas na Receita Federal e no Banco Central. Os analistas, se concordarem com a reestruturação, vão ganhar 87% do que recebem os auditores-fiscais da Receita em 2008 e 95% em 2009 e 2010. A última negociação na Receita elevou os salários dos auditores para R$ 19,4 mil em 2010. Os grevistas do Tesouro e da CGU estão divididos. Os índices defendidos pela União Nacional dos Analistas e Técnicos em Finanças e Controle (Unacon) para 2008 e 2009 são superiores a 90% e, em 2010, a entidade reivindica a equiparação total, ou seja, 100% dos salários da Receita Federal. O governo, porém, resiste a conceder tal reajuste. Nos bastidores, o ministro do Controle da Transparência, Jorge Hage, e o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, dizem que a nova tabela está no limite. A paralisação nos dois órgãos preocupa a União. Embora garantam a manutenção de pelo menos 30% do efetivo, os servidores do Tesouro não descartam possíveis prejuízos aos leilões de títulos públicos, atrasos nas transferências de recursos constitucionais a estados e municípios e problemas no repasse de verbas para ministérios. A greve na CGU pode, de acordo com os funcionários, prejudicar a fiscalização do uso de verbas públicas e até ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Tesouro Nacional e CGU são dois dos últimos setores do funcionalismo federal a abrigar carreiras típicas de Estado que ainda não chegaram a um consenso com o Ministério do Planejamento. O governo tem pressa em formalizar os acordos porque pretende editar uma medida provisória (MP) nos próximos dias contemplando com aumentos e reestruturações cerca de 300 mil servidores.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação