postado em 29/06/2008 13:35
A crise mais alardeada é a dos alimentos, mas no campo dos cosméticos os preços também estão salgados. Apesar da taxa de inflação não ter ultrapassado 6% desde 2005, essas mercadorias chegam a sofrer reajuste anual de 20%. Antes, quando o dólar beirava os R$ 3, a culpa era da moeda norte-americana. No entanto, a valorização do real não trouxe benefícios para quem precisa de xampus, cremes, tintas e óleos importados. Nem o aumento da oferta ajuda a derrubar os preços. ;A população aceita pagar mais porque no Brasil a vaidade é muito importante;, afirma Elaine Furtado, presidente do Sindicato dos Salões de Beleza do Distrito Federal (Sincaab).
;A evolução dos cosméticos foi enorme ao longo dos anos e os preços correram junto;, avalia o cabeleireiro Toni Feletti. A carga de aumento foi tanta que, depois de três anos sem reajustar os preços, ele precisou repassar aos clientes, mas não na mesma proporção. Alguns serviços subiram 10%. O mesmo aconteceu com os salões coordenados pelo cabeleireiro Hélio Nakanishi que, em julho, vão aumentar a tabela entre 8% e 12%.