Economia

Barrados tentam anular o concurso da Caixa

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postado em 01/07/2008 08:09
Um grupo de candidatos barrados na prova do concurso da Caixa Econômica Federal (encontraram os portões fechados), realizada no domingo (29/06), protocolou na manhã desta segunda-feira (30/06) uma denúncia no Ministério Público Federal (MPF). A Cesgranrio, organizadora do concurso, lamentou o fato de algumas pessoas terem perdido o teste e afirmou que nenhuma ocorrência mais grave foi relatada pelos coordenadores da seleção. A assessoria de imprensa da Cesgranrio informou que orientou os coordenadores e fiscais de prova para que não houvesse nenhuma tolerância com relação ao horário, portanto, os portões seriam fechados às 13h. ;Há também o bom senso. A coordenação local tem certa autonomia para esperar que candidatos que estejam chegando à entrada, correndo, não fiquem sem fazer a prova. Isso não pode ser caracterizado como tolerância, pois não chega a um minuto;, disse Cláudio Pompeu, assessor de imprensa. Com relação às denúncias de problemas na fiscalização, Cláudio esclareceu que a equipe de profissionais que trabalha nesse setor tem larga experiência, mas podem acontecer falhas, como a falta de sacos invioláveis para todos os candidatos e um número insuficiente de detetores de metais. ;Algumas salas podem não ter tido sacos (invioláveis) suficientes para todos os candidatos. Não é de praxe a Cesgranrio usar esse recurso, mas a Caixa solicitou. O uso do saquinho ou do detetor de metais ajuda na fiscalização, mas o importante é a sensibilidade da equipe, que impede a ocorrência de alguma irregularidade;, defende. Outros problemas apontados pelos candidatos ficaram sem uma explicação clara, como a presença e o uso de lápis e borracha por alguns candidatos. A assessoria disse ser uma orientação, não uma proibição do edital. Entretanto, no item 6.5.1 do edital, diz ;não será permitido o uso de lápis e/ou borracha durante a realização das provas;. O candidato Marcos Soares fez prova no Gama e disse ter visto colegas de sala usando lápis e borracha na resolução das provas. ;Reclamei e a fiscal me disse que ia da consciência de cada um usar ou não. Fiquei indignado porque nem os fiscais sabiam o que estava escrito no edital;, denuncia. Argumento Os candidatos que procuraram o MPF tiveram orientação de um advogado especialista em concurso e basearam a denúncia em irregularidades e falta de informações no edital de abertura (01-A/2008) e no de convocação das provas (06-A/2008). ;Na convocação não tinha dados claros como o horário de fechamento dos portões. Outro erro grave foi deixar que candidatos saíssem da prova com o caderno de questão às 14h40, quando o permitido seria depois das 16h;, disse Hélio Porto, de 36 anos, que faria prova na UniDF. ;Se houver uma denúncia formal, vamos esperar ser notificados para manifestar posição;, afirmou o assessor Cláudio Pompeu. Essa foi uma das seleções mais esperadas do ano. O número recorde de inscritos ; 767 mil em todo país (exceto Rio de Janeiro e São Paulo) ; reflete o interesse dos candidatos. O salário oferecido é de R$ 1.244, mas somado aos benefícios chega a R$ 1.820. No Distrito Federal, 71.120 interessados aderiram e foram distribuídos por 50 locais de provas. Nos três com maior número de candidatos houveram problemas com a fiscalização: Uniceub (8.842 inscritos), UniDF (5.800) e Unip (5.440). O gabarito preliminar foi divulgado ontem e a abstenção geral ficou em 18,6% (142.712 candidatos), índice considerado normal pela organizadora.

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