Economia

Funcionários dos Correios protestam em primeiro dia de greve

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postado em 01/07/2008 10:38
No primeiro dia de greve dos funcionários dos Correios, o Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Correios e Telégrafos do Distrito Federal (Sintect-DF) realiza manifestação na Esplanada dos Ministérios. Nesta terça-feira (01º/07), já foram suspensos os serviços com hora marcada: Sedex 10, Sedex Hoje e Dique Coleta. Os trabalhadores reivindicam o cumprimento de um acordo assinado no fim do ano passado. Os Correios rebatem que não descumpriram o combinado. O tratado assinado em 20 de novembro de 2007 garantia o pagamento de 30% sobre o valor do salário-base dos carteiros e uma maior participação nos lucros e resultados (PLR). Os trabalhadores querem também mudanças no Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) e adicional de periculosidade. De acordo com o presidente do Sintect-DF, Moyses da Silva Neto, 60% da categoria já cruzou os braços em todo o país. Até o início da tarde desta terça-feira, 25 dos 33 sindicatos do país haviam aderido à paralisação e outros têm assembléia nesta tarde. Na manifestação desta manhã, que saiu da Catedral Metropolitana de Brasília e seguiu para o Ministério das Comunicações, os trabalhadores levaram um caixão com o nome e a foto do presidente dos Correios, Carlos Henrique Almeida Custódio. ;Mas vai ser um caixão barato porque ele não merece um caro não;, avisa Moyses. De acordo com o sindicato, cerca de mil pessoas participaram do protesto e haverá uma assembléia no início desta tarde. O presidente do sindicato reclama o descumprimento do tratado pela empresa: ;Não vai ser uma greve rápida porque nós queremos o que nos foi prometido. Fizemos uma greve de quatro dias em abril para conseguir o combinado e eles garantiram que nos atenderiam. Até agora nada;. Os Correios afirmam que nada foi descumprido. De acordo com a empresa, não é possível o pagamento do adicional de periculosidade, pois por lei o trabalho de carteiro não é periculoso. Mesmo assim, a companhia diz que pagou um abono emergencial durante seis meses e, nesta segunda-feira, depositou dois adicionais aos trabalhadores. O primeiro, destinado aos carteiros, é o Adicional de Atividade de Distribuição e/ou Coleta Externa (AADC). O segundo, aos atendentes, o Adicional de Atendimento em Guichê em Agências de Correios (AAG). Em relação ao PLR, a empresa analisa a situação. Quanto ao PCCS, os Correios afirmam ter tido uma ampla discussão com o sindicato antes de sua implantação. O Ministério das Comunicações, vinculado aos Correios, informou que não vai se pronunciar sobre a greve.

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