postado em 02/07/2008 15:38
O custo total das novas refinarias da Petrobras, que beira os US$ 43 bilhões, deverá aumentar com a revisão do plano estratégico da empresa, previsto para setembro. De acordo com o gerente executivo de engenharia da estatal, Pedro Barusco, a pressão de preços de alguns componentes, como o aço, fará com que os custos sejam revistos.
"A reavaliação é normal em qualquer processo. Somente o preço do aço subiu 32% este ano", afirmou, após participar de workshop na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre as necessidades da indústria de petróleo e gás.
Somente as duas novas refinarias Premium da companhia, que deverão ser construídas no Nordeste, têm um custo inicial estimado em US$ 30 bilhões. Barusco admitiu que até mesmo esses valores poderão ser revistos no plano de setembro, já que o valor divulgado envolve estimativa inicial.
O gerente não detalhou o valor de cada refinaria. No mês passado, o diretor de abastecimento e refino, Paulo Roberto Costa, havia dito que a Premium 2, que deverá ser construída no Ceará, demandaria US$ 11 bilhões. A unidade terá capacidade para até 300 mil barris/dia.
A outra refinaria prevista terá capacidade máxima de 600 mil barris/dia, e tudo indica que será erguida no Maranhão, nicho político do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão.
O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que envolve também a produção de matérias-primas petroquímicas, tem custo atual previsto em US$ 8,4 bilhões. A refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, custará pouco mais de US$ 4 bilhões, enquanto que a ampliação da unidade de processamento de combustíveis no Rio Grande do Norte demandará pouco mais de US$ 100 milhões.