postado em 03/07/2008 08:08
A Medida Provisória 431/08, editada no mês passado e que detalha os reajustes de 17 categorias do Executivo federal, vem causando dor de cabeça aos servidores contemplados com os aumentos. Nesta quarta-feira (02/07), dia de pagamento de salário na Universidade de Brasília (UnB), erros na folha de pessoal prejudicaram a impressão de parte dos contracheques. De acordo com a AdUnb, entidade que representa os docentes, 260 professores receberam o pagamento sem o reajuste concedido pelo governo e outros 160 deixaram de receber o salário.
A universidade negou que funcionários não tenham recebido o pagamento, mas admitiu dificuldades na confecção dos contracheques. Uma folha suplementar deverá ser rodada ainda hoje e a promessa é resolver a situação. De acordo com a UnB, o problema ocorreu porque a MP substitui uma gratificação por outra de maior valor. Como as tabelas são complexas, uma parte do trabalho teve de ser realizada manualmente. Dificuldades semelhantes ocorreram em outras instituições federais espalhadas pelo país.
Em maio, erros causados pela MP 431 também aborreceram servidores da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), dos ministérios da Previdência, Saúde e Trabalho, Imprensa Nacional e os administrativos da Advocacia-Geral da União. Nas prévias dos contracheques, obtidas por servidores, foi possível detectar imprecisões. A MP, que tem 175 artigos e 260 emendas, está no Congresso Nacional à espera de votação. O governo promete editar uma segunda MP reajustando os vencimentos de cerca de 300 mil servidores ainda neste mês. Há R$ 3,3 bilhões no Orçamento reservados a esse superpacote.