postado em 04/07/2008 21:43
O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse nesta sexta-feira (4/07) não acreditar no sucesso de eventuais recursos da defesa do ex-banqueiro Salvatore Cacciola contra a decisão do Principado do Mônaco de extraditá-lo para o Brasil.
;A decisão do príncípe Albert II é eminentemente política e ele é a instância definitiva de aplicação da decisão tomada pela Corte (de Apelação do Mônaco). Tenho que me basear na informação do ministro da Justiça de lá, que colocou á disposição o senhor Cacciola para ser retirado. O direito de petição existe em qualquer lugar, mas não tem finalidade mais;, afirmou Tarso.
A previsão do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, é de que Cacciola chegue ao Brasil no prazo limite de 15 dias. O ex-banqueiro foi condenado em 2005 pelos crimes de peculato e gestão fraudulenta do Banco Marka. A pena dele é de 13 anos de prisão em regime fechado. Cacciola fugiu do país para a Itália e, por ter cidadania italiana, não pôde ser extraditado. No dia 15 de setembro de 2007, ele foi preso pela Interpol no Mônaco, o que possibilitou ao governo pedir a sua extradição.
Ao retornar, Cacciola será entregue às autoridades judiciárias do Rio de Janeiro para que decidam o local onde ele ficará detido.
;A extradição representa um conquista de toda a sociedade, pois isso funciona como exemplo para aqueles que têm desejo de violar a lei. Trata-se de um réu condenado a 13 anos e meio que estava fora do alcance da Justiça brasileira;, ressaltou Tarso.