postado em 09/07/2008 12:18
O ministro Hélio Costa (Comunicações) disse nesta quarta-feira (09/07) que a discussão sobre a cobrança do ponto extra na TV por assinatura beneficia apenas as classes A e B. Segundo ele, apenas pessoas dessas classes sociais conseguem pagar hoje pela TV por assinatura, já que as mensalidades são de, no mínimo, R$ 40.
"Ponto extra vai resolver para classe A e classe B. Quando você mexer nesse procedimento, tem que perguntar quem é que paga a conta lá embaixo", questionou Costa durante audiência na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados.
O ministro ressaltou que o ponto extra é um ponto distinto do ponto principal, com custos diferentes --mesmo argumento usado pela ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura) para defender a cobrança.
"Quando você tem um ponto extra, você não tem uma extensão de telefone, é um ponto distinto", afirmou.
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) editou regulamento que proibia a cobrança do ponto extra, permitindo apenas taxa de instalação e manutenção. A Justiça, porém, deu liminar permitindo a cobrança do serviço.
TV digital
Hélio Costa criticou a indústria por não produzir conversores de TV digital a preços baixos. De acordo com Costa, 80% dos assinantes de TV por assinatura fazem o contrato com as empresas porque a imagem da TV aberta é muito ruim em suas cidades --problema que a TV digital elimina.
"A TV digital não teve credibilidade, principalmente da indústria que não soube se preparar para produzir um conversor barato", afirmou.