postado em 09/07/2008 16:20
O banco de investimento Merrill Lynch pode obter até US$ 5 bilhões com a venda de 20% de sua participação na agência de notícias financeiras Bloomberg, informou nesta quarta-feira (9/07) o jornal "The New York Post".
Um fideicomisso controlado pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, estaria disposto a pagar entre US$ 4,5 bilhões e US$ 5 bilhões pela participação do Merrill Lynch na Bloomberg que ele mesmo fundou e leva seu nome.
O "New York Post" afirma que as negociações continuam, mas adverte que o acordo poderia não sair porque o Merrill Lynch tem pressa em vender sua participação minoritária na Bloomberg antes de anunciar seu resultado do segundo trimestre, previsto para 17 de julho.
A Bloomberg tem direito de preferência sobre a venda da participação, o que dificulta que a operação atraia compradores rivais.
O Merrill Lynch também estuda vender parte de seus 49% de participação na empresa financeira BlackRock.
Se sua participação nas duas companhias forem vendidas, o capital do Merrill Lynch aumentará e poderá fazer frente a US$ 6 bilhões em amortizações por depreciação de ativos que, segundo analistas, se registrará no segundo trimestre.
A fabricante aeronáutica americana Boeing disse nesta quarta-feira (9/07) que esse setor crescerá nos próximos 20 anos, apesar da atual desaceleração da economia mundial e da escalada dos preços do petróleo.
A companhia americana, concorrente do consórcio europeu Airbus, fez o prognóstico no relatório anual "Perspectiva Atual do Mercado 2008", divulgado em Londres por Randy Tinseth, vice-presidente de marketing de aviões comerciais da Boeing.
Segundo a empresa, com sede em Chicago (Estados Unidos), as companhias aéreas de todo o mundo comprarão 29.400 novos aviões comerciais (de passageiros e de carga) até 2027, cujo valor chegará a US$ 3,2 trilhões.
O cálculo é 2,8% superior à previsão para as próximas duas décadas feita no ano anterior, quando a Boeing anunciou a venda de 28.600 aeronaves comerciais.
Cerca de 43% dos 29.400 aparelhos entregues até 2027 serão usados para substituir aeronaves, devido "à perda de viabilidade econômica de velhos aviões por causa dos maiores custos do combustível." Os 57% restantes, indica o relatório, serão destinados a satisfazer a expansão das companhias aéreas, que terão que enfrentar um aumento do tráfego de passageiros de 5% ao ano nas duas próximas décadas.
Segundo a Boeing, as previsões levam em conta "os desafios a curto prazo da indústria", como "o arrefecimento da economia mundial, a alta dos preços do combustível e a queda do crescimento do tráfego em alguns mercados." Tinseth destacou que "o mercado atualmente é dinâmico e desafiante", e afirmou que o preço do petróleo, que hoje dia ronda os US$ 137 o barril, "seguirá sendo alto" a curto prazo.
No entanto, prosseguiu o diretor, o preço do petróleo "se moderará com o passar do tempo" até os "US$ 70 ou US$ 80" por barril como conseqüência de um eventual reajuste da oferta e da demanda.
Em fevereiro, a Airbus informou que as linhas aéreas adquirirão nos próximos 20 anos 24.300 aviões estimados em US$ 2,8 trilhões, uma previsão mais pessimista que a do adversário.