postado em 10/07/2008 17:41
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta nesta quinta-feira (10/07), resistindo à forte instabilidade nas Bolsas americanas. Boa parte da alta foi sustentada pelos ganhos das siderúrgicas, beneficiada pela alta nos preços internacionais do aço.
O Ibovespa, principal indicador da Bolsa paulista, voltou ao patamar dos 60 mil pontos ao avançar 1,2%, aos 60.252 pontos. O giro financeiro foi R$ 6,35 bilhões - dentro da média diária do ano, o que não ocorria há uma semana -, com cerca de 255 mil negócios realizados. Já o dólar comercial fechou vendido a R$ 1,611, com alta de 0,06%.
O mercado acionário local só operou em baixa pela manhã, quando ainda repercutia a forte baixa em Wall Street na quarta-feira - a Bovespa não abriu ontem devido ao feriado estadual de Revolução Constitucionalista de 1932.
Alta, queda e recuperação nos EUA
Depois passou ao terreno positivo, influenciado pela alta nas bolsas americanas. Naquele momento, Wall Street repercutia positivamente o aumento das vendas da rede varejista Wal Mart e a proposta feita pela Dow Chemical para comprar a rival Rohm and Haas por US$ 15,3 bilhões.
Porém, as bolsas americanas entraram em sinal vermelho devido à volta dos temores sobre novos desdobramentos da crise do crédito imobiliário de alto risco ("subprime"). As gigantes hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac foram, novamente, a fonte dos temores sobre o setor financeiro. Os boatos sobre a fraca saúde financeira das duas empresas fizeram com que as ações delas sofressem fortes perdas, e os demais bancos caíssem junto.
Mas o mercado local não cedeu com a queda de Wall Street. O que se mostrou uma decisão acertada, já que as Bolsas americanas se recuperaram no final do dia e fecharam com leves altas. O índice Dow Jones avançou 0,74%, enquanto que o Nasdaq Composite apresentou ganho de 1,03%.
Setor siderúrgico e 'pechinchas'
Como as commodities indicaram altas hoje, as ações das siderúrgicas operaram com ganhos, o que sustentou a alta do Ibovespa. São os casos, por exemplo, dos papéis da Usiminas, da CSN e Gerdau. A ação preferencial classe A da Usiminas foi a que mais subiu entre elas: 5,54%.
O mercado também aproveitou o dia para comprar "pechinchas", ou seja, adquirir papéis de empresas que consideravam estar baixos demais. Foi o caso, entre outras, das ações preferenciais da TAM, que subiram 8,41% - a maior alta entre as listadas no Ibovespa.