Economia

Extradição de Cacciola depende das autoridades de Mônaco, diz Tarso

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postado em 12/07/2008 15:32
O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que a extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola só depende das autoridades do Mônaco. Isso [a extradição] depende de posições que não são nossas, e sim da polícia do Mônaco e do Estado Monegasco, afirmou o ministro. Em São Paulo, Tarso Genro disse que seria uma temeridade prever a data em que a extradição deve ocorrer. Afirmou, contudo, que ela está sendo preparada, em uma relação direta entre a nossa polícia, nossas autoridades [as brasileiras], e as autoridades de Mônaco. Cacciola está preso desde setembro do ano passado no principado. O banqueiro é considerado foragido da Justiça e foi condenado, em primeira instância, pelos crimes de peculato, gestão fraudulenta e corrupção passiva. Segundo Carlos Ely Eluf, um dos advogados que defende Cacciola no Brasil, a extradição do ex-proprietário do Banco Marka deve ocorrer no final da semana que vem. Eluf afirmou, no entanto, que entrou, ontem (11), com outros dois pedidos de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar suspender o retorno de Cacciola ao país. Eluf disse, em entrevista Agência Brasil, que, no primeiro deles, ele pede o cancelamento da prisão temporária de Cacciola, já que o banqueiro já ficou um ano detido, enquanto a jurisprudência estabelece que este tipo de detenção pode durar até 81 dias. No outro, ele alega falhas no processo que condenou Cacciola em primeira instância. Nesta semana, um recurso a favor de Cacciola protocolado no Comitê contra a Tortura da Organização das Nações Unidas (ONU) foi negado. O Supremo Tribunal Federal (STF) também arquivou um outro habeas corpus pedindo a suspensão do processo de extradição.

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