Economia

Petroleiros entram em greve a partir da meia-noite deste domingo

;

postado em 13/07/2008 18:02
Os petroleiros vão iniciar à meia-noite deste domingo uma greve de cinco dias nos principais campos de petróleo da Bacia de Campos, disse um dirigente sindical. A Bacia de Campos é responsável por mais de 80 por cento da produção de 1,8 milhão de barris de petróleo por dia no Brasil. A preocupação com a paralisação ajudou a empurrar para cima o preço mundial do petróleo na semana passada, levando-o a alcançar um novo recorde na sexta-feira, quando ultrapassou 147 dólares o barril. "Está mantida para a meia-noite", disse o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Genivaldo Silva, à Reuters. A entidade agrupa vários sindicatos. "A direção da Petrobras fará tudo em seu poder para manter a produção e nós faremos tudo em nosso poder para cumprir nosso objetivo de interferir com a produção, controlá-la e interrompê-la", disse ele. O sindicato de Campos está pressionando a Petrobras para que conte o dia de saída dos empregados da plataforma como um dia trabalhado. Silva disse que os trabalhadores chegam a esperar até 10 horas para iniciar o trajeto de 40 minutos até a costa depois que encerram seu período de trabalho na plataforma. Ele afirmou que os petroleiros vão permanecer em todas as 42 plataformas de Campos assim que a greve começar e permitirão que a produção prossiga em pequena escala para que depois ela possa ser retomada facilmente quando for encerrada a paralisação. "A produção não pode ser interrompida. Você tem de reduzi-la senão você perde o poço de acesso", disse ele. A federação realizará uma assembléia na terça-feira para discutir a possibilidade de uma greve nacional de cinco dias em todas as instalações da Petrobras, incluindo refinarias e terminais, para reivindicar uma fatia maior dos lucros da empresa para os trabalhadores. Uma greve nacional de cinco dias realizada pelos trabalhadores da Petrobras em 2001 reduziu seriamente a produção e forçou o Brasil a importar mais petróleo. Nos últimos cinco anos, os sindicatos e a empresa resolveram suas pendências sem paralisações que afetassem a produção.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação