Economia

InBev aumenta oferta pela dona da Budweiser para US$ 50 bilhões

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postado em 13/07/2008 21:47
Segundo fontes próximas ao negócio, será difícil para Anheuser-Busch recusar o valor. Com isso, ganha força Carlos Brito, executivo brasileiro responsável pelo negócio. Como executivo-chefe da cervejaria belgo-brasileira InBev, o brasileiro Carlos Brito fechou um ciclo ao fazer uma oferta de US$ 50 bilhões para a compra da empresa norte-americana Anheuser-Busch, dona da marca Budweiser. O anúncio do acordo que irá criar a maior produtora de cerveja do mundo pode ser feito nos próximos dias, segundo fontes próximas ao negócio. A oferta, que inicialmente era de US$ 46 bilhões, foi reajustada e tem poucas chances de ser recusada. Entretanto, quando Brito começou a trabalhar na cervejaria Brahma, em 1989, a empresa buscava inspiração para sua estratégia de marketing e técnicas de venda da Anheuser-Busch. Estilo agressivo O estilo de administração de Brito é chamado de "agressivo" por líderes sindicais do Brasil à Bélgica. Suas metas de vendas são consideradas exigentes e inflexíveis, e os cortes de custos que implementou são tidos como brutais. Ele começou a carreira na indústria cervejeira no departamento de finanças da Brahma, que havia sido adquirida pelo banqueiro de investimentos Jorge Paulo Lemann e seus parceiros do Banco Garantia, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Os três banqueiros são hoje os maiores acionistas individuais da InBev, formada depois que eles venderam a AmBev para a Interbrew em 2004. Lucro e recompensas A cultura de banco de investimentos, de recompensa com base no desempenho e intensa competição entre os empregados, ainda é mantida e ajudou a InBev a dobrar seu lucro desde que Brito assumiu a direção da empresa, em dezembro de 2005. "Eu os comparo (Brito e sua equipe da administração) a banqueiros de investimento de posse de um machete", disse Ann Gilpin, analista no instituto de pesquisa Morningstar. Brito, de 48 anos, teve uma ascensão meteórica na Brahma, dirigindo os negócios do ramo da empresa dedicado a refrigerantes, o departamento de vendas e a chefia de operações antes de assumir o maior cargo na AmBev, em 2004. Sua estreita ligação com Lemann, que financiou o MBA de Brito na escola de negócios de Stanford, e o fato de ele ter superado todas as expectativas, ajudaram a impulsionar Brito para a posição de CEO na InBev. "Brito sempre foi um a pessoa muito focada, ele não é do tipo cheio de rodeios", disse Alberto Cerqueira Lima, ex-diretor de marketing da Brahma e AmBev, que hoje dirige a consultoria de marketing Copernicus no Brasil.

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