Economia

Mercado prevê IPCA em 2008 perto do teto da meta

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postado em 14/07/2008 08:49
A projeção do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2008 está cada vez mais perto do teto da meta para este ano, de 6,5%, conforme determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN). Segundo a Pesquisa Focus, compilado das principais projeções macroeconômicas de instituições financeiras divulgada nesta segunda-feira (14/07) pelo Banco Central, o IPCA deve encerrar 2008 em 6,48%, ante previsão de 6,4% na semana passada. Para 2009, a previsão também aumentou, pela quinta vez seguida, passando de 4,91% para 5%. Em ambos casos, as previsões estão acima do centro da meta de inflação, de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais, ou seja, entre 2,5% e 6,5%. Para os Índices Gerais de Preços (IGPs), calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e que trazem o comportamento dos preços no atacado e também o impacto em tarifas públicas e de serviços, as previsões também subiram. O mercado espera agora que o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) encerre 2008 em 11,66%, ante 11,41% na previsão anterior. Já o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) deve ficar em 11,92% este ano, ante expectativa de 11,25% na semana passada. Para 2009, a projeção para o IGP-DI caiu para 5,25%, de 5,30%, e o IGP-M subiu, pela terceira vez consecutiva, para 5,5%, de 5,24%. Câmbio e juros O mercado manteve as previsões para a taxa de câmbio no fim de 2008 e de 2009 em R$ 1,65 e R$ 1,75, respectivamente. As projeções para a taxa básica de juros, a Selic, para este ano e para o ano que vem também foram mantidas, em 14,25% ao ano e 13,5% ao ano, nesta ordem. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano. PIB As estimativas de crescimento da economia brasileira também não sofreram alterações. O mercado manteve a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) de 2008 em 4,8% e para 2009, em 4%. Contas externas Em relação à balança comercial brasileira, o mercado reduziu a projeção de superávit comercial este ano, de US$ 22,81 bilhões para US$ 22,78 bilhões. Com isso, a estimativa é de que a conta corrente (saldo de todas as transações do país com o exterior) encerre o ano deficitária em US$ 23,90 bilhões, ante previsão de US$ 23,57 bilhões. Para 2009, o mercado espera que a balança comercial encerre o ano que vem com um superávit de US$ 15 bilhões e fique com a conta corrente deficitária em US$ 32 bilhões, ante US$ 32,5 bilhões previstos na semana passada. Investimentos A previsão para o Investimento Estrangeiro Direito (IED) em 2008 piorou e caiu para US$ 33 bilhões, de US$ 33,5 bilhões previstos anteriormente. Para 2009, o número se manteve em US$ 30 bilhões pela nona semana consecutiva.

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