Economia

Por causa da crise, empresas argentinas valem menos

;

postado em 16/07/2008 10:32
Segundo estimativas realizadas pelo jornal argentino Clarín, a crise do governo da presidente Cristina Kirchner com o setor ruralista - e a conseqüente escalada das incertezas econômicas no país - provocou uma perda do valor das empresas argentinas. A avaliação realizada pelo periódico sustenta que as companhias do país vizinho perderam entre 15% e 30% de seu valor ao longo dos últimos seis meses. De acordo com o jornal, os investidores internacionais perderam o interesse nas empresas locais, o que levou a uma forte queda no processo de fusões e aquisições. Segundo cálculos da consultoria Thomson Financial, em 2006 foram realizadas 111 operações de compra e venda de empresas na Argentina, pelo valor total de US$ 5 bilhões. Em 2007 concretizaram-se 160 operações, resultando em um valor de US$ 9,1 bilhões. Porém, nos primeiros seis meses deste ano, apenas 45 operações foram realizadas e o valor total foi de apenas US$ 413 milhões. O Clarín sustenta que esses tipos de crises podem ser aproveitadas pelos investidores com paciência, já que depois da turbulência, as empresas poderiam ser adquiridas com um valor de 10% a 30% mais baixo. Bem-estar Pela primeira vez em três anos, a percepção de bem-estar da população está em queda na Argentina, segundo pesquisa realizada pelo Centro de Economia Regional e Experimental (Cerx). De acordo com o levantamento, o índice que mede a percepção de bem-estar da população caiu 7% no primeiro semestre deste ano. Segundo o Cerx, nos últimos dias de junho o índice era de 49,8 pontos, enquanto no último semestre de 2007 era de 53,5 pontos. Esta foi a primeira queda registrada desde de dezembro de 2005, quando o índice começou a ser medido. Victoria Giarrizo, economista da Cerx, afirma que a queda da sensação de bem-estar deve-se à combinação de inflação em alta, redução de postos de trabalho, além de deterioração da atividade econômica na Argentina. Segundo a pesquisa, 76,7% dos argentinos afirmam que não conseguem uma receita suficiente para cobrir seus gastos mensais, o que representa uma alta de dois pontos porcentuais em relação ao apurado em dezembro de 2007.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação