Economia

Presidente dos Correios discute proposta de grevistas com ministro

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postado em 16/07/2008 20:33
O presidente da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), Carlos Henrique Custódio, se reuniu nesta quarta-feira (16/07) com representantes dos funcionários em greve para discutir as reivindicações. As propostas, segundo os funcionários, teria sido levada por Custódio ao ministro das Comunicações, Hélio costa, em reunião no início da noite. A reunião deve servir para discutir os pontos divergentes e a proposta dos trabalhadores para encerrar a greve na empresa, que chegou hoje ao 16° dia. Segundo Geraldo Rodrigues, diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), Custódio negocia com os trabalhadores desde às 13h e interrompeu a reunião, por volta das 19h30, para apresentar as reivindicações com o ministro. A expectativa dos sindicalistas é fechar um acordo até as 10h de amanhã, afim de apresentar ao presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Rider Nogueira de Brito, que aguarda um entendimento entre as partes para evitar o julgamento da paralisação. Caso contrário, o ministro Maurício Godinho Delgado vai julgar a ação de abusividade da greve. Reivindicação A categoria reclama que os Correios não fizeram a incorporação de 30% de adicional de periculosidade nos salários, negociação do plano de carreira e participação nos lucros, que estariam previsto no acordo firmado em novembro do ano passado e ratificado em abril deste ano. A empresa afirma que o compromisso foi cumprido, com a adoção do plano de carreira e o pagamento de um adicional de R$ 260 já na folha deste mês. Os grevistas tentam também evitar que a empresa desconte os dias parados, propondo a formação de uma força tarefa para entregar as correspondências atrasadas. Adesão Segundo os Correios, após 16 dias de greve, 126 milhões de correspondências deixassem de ser entregues - das 360 milhões encaminhadas. Além disso, 435 mil encomendas também não chegaram em seus destinatários. A greve atinge 21 Estados mais o Distrito Federal e conta com a adesão de 18% do total dos trabalhadores - 110 mil empregados-- e 27% dos carteiros - 53 mil.

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