Economia

Governo vai pedir ao CMN liberação imediata de crédito para agricultor

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postado em 16/07/2008 20:48
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, encaminhará uma minuta ao Conselho Monetário Nacional (CMN) para que os bancos liberem crédito aos agricultores com dívidas passíveis de renegociação, dentro do que estipula a Medida Provisória 432. A informação foi dada nesta quarta-feira (16/07) pelo deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária da Câmara dos Deputados, depois de reunir-se com o ministro. Essa foi a solução que o governo encontrou para que os bancos comecem a negociar a dívida dos agricultores, já que a MP que trata da renegociação da dívida agrícola não será votada até sexta-feira, quando o Congresso Nacional entrará em recesso. Segundo Colatto, a única saída, no momento, é a edição de resoluções pelo CMN. "O ministro disse que vai encaminhar uma minuta ao Conselho Monetário para que encaminhe essas resoluções. Se isso não acontecer, a conseqüência é imediata, o plantio vai diminuir e a safra vai cair", afirmou. Ele disse que bancos estão descumprindo a decisão do Banco Central para que renegociem as dívidas vencidas a partir de 1º de janeiro deste ano, prejudicando aqueles que procuram crédito para o plantio da próxima safra, que já se inicia. Collato culpou o Ministério da Fazenda pela falta de consenso na votação da MP. Segundo ele, o ministro da Agricultura se esforçou, mas quando a decisão ficou por conta da pasta dirigida pelo ministro Guido Mantega, "se fecharam as portas". "A Fazenda está muito dura, muito insensível com a questão da agricultura", alegou. Segundo Colatto, uma reunião extraordinária do CMN, para tratar do crédito agrícola bloqueado, deve ser realizada na próxima semana. Já o deputado Leonardo Vilela (PSDB-GO) criticou declaração de Stephanes em que classificou de "irresponsabilidade" a não votação da MP 432 antes do recesso parlamentar. Vilela disse que a medida ainda deve ser alterada e defendeu que não haja distinção entre benefícios recebidos por agricultores de estados diferentes. "Irresponsabilidade é essa declaração do ministro. Irresponsabilidade é essa pressa para se votar a toque de caixa uma medida provisória que apresenta várias imperfeições", afirmou o deputado da oposição.

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