Economia

Resultados corporativos e petróleo ajudam e bolsas em NY fecham em alta

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postado em 17/07/2008 18:01
As bolsas em Wall Street fecharam em alta nesta quinta-feira (17/07). A queda do petróleo - que fechou abaixo dos US$ 130 pela primeira vez desde maio - ajudou a estimular o ânimo dos investidores, já otimistas com os resultados corporativos anunciados hoje. A Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) fechou em alta de 1,85%, com 11.446,66 pontos no índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), enquanto o S 500 subiu 1,20%, fechando com 1.260,31 pontos. A Bolsa Nasdaq fechou em alta de 1,20%, com 2.312,30 pontos. O barril do petróleo cru para entrega em agosto, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), estava cotado a US$ 129,29 (baixa de 3,94%). O valor máximo atingido pelo barril hoje foi de US$ 136,75. O preço foi afetado pela venda expressiva de contratos futuros de gás natural. A preocupação dos investidores sobre a economia americana também afetou as cotações - os contratos futuros de gás natural para entrega em agosto chegaram a cair hoje 8,2%. A queda no preço do gás natural foi vista, no entanto, como mais um sinal de redução da demanda nos EUA devido à desaceleração da economia - o que acabou por refletir também no preço do petróleo. Com o recuo de hoje, o preço do petróleo já recuou mais de US$ 17 em relação ao recorde atingido na sexta-feira (11), US$ 147,27. Hoje também os resultados da Coca-Cola, da United Technologies e do JP Morgan animaram os investidores. O lucro da Coca-Cola no segundo trimestre deste ano caiu 23%, para US$ 1,42 bilhão (US$ 0,61 por ação). Excluindo fatores extraordinários, os ganhos por ação atingiram US$ 1,01. Analistas projetavam ganho de US$ 0,96. O JP Morgan, por sua vez, teve lucro de US$ 2 bilhões, com queda de 53%. Porém, o lucro por ação, de US$ 0,54, ficou acima do esperado pelos analistas, US$ 0,44. O conglomerado industrial americano United Technologies alcançou um lucro líquido de US$ 2,275 bilhões durante o primeiro semestre do ano, em comparação ao US$ 1,967 bilhão do mesmo período de 2007, em parte graças aos bons resultados de sua filial Otis, que fabrica elevadores. Uma das filiais que melhores resultados alcançaram foi a Otis, que no primeiro semestre conseguiu US$ 6,461 milhões na primeira metade de 2008. Os resultados conseguiram afastar alguns dos temores dos investidores, mas a expectativa de novos dados desfavoráveis continua no horizonte. "A confiança tem andado tão em baixa que um leve sopro de notícias positivas anima os mercados", disse o chefe da Bingham, Osborn & Scarborough em San Francisco, Kevin Dorwin. "O petróleo é o fator principal no momento porque a inflação está no topo da agenda dos investidores e uma redução no preço do barril sinaliza que talvez a inflação não escape ao controle."

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