Economia

Cerca de 20 mil funcionários estão em greve, diz Correios

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postado em 18/07/2008 11:29
A paralisação na Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) conta com a adesão 19,8 mil funcionários, de um total de 110 mil empregados, de acordo com o último levantamento divulgado pela empresa. A greve chega nesta sexta-feira (18/07) ao 18° dia e causou o atraso de 127 milhões de correspondências. Entre os carteiros, a adesão a greve é maior e, segundo a empresa, 14,3 mil entregadores, entre 53 mil, estão de braços cruzados. A audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), realizada nesta quinta-feira (17/07), não conseguiu unificar em uma proposta os trabalhadores e os Correios. O presidente do TST, ministro Rider Nogueira de Brito, recebeu sugestões diferentes de acordo para suspender a paralisação. Os Correios aceitam discutir alguns pontos do Plano de Cargos, Carreiras e Salários de 2008, com mediação do TST. Além disso, a empresa pagaria, durante os meses de julho, agosto e setembro de 2008, abono emergencial de 30% do salário base dos carteiros. Sobre os dias parados, os Correios descontariam 50% e os outros 50% seriam compensados pelos grevistas. A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) não concorda com a proposta e quer discutir todo plano de carreira, fixar os 30% como adicional de periculosidade para os carteiros e a empresar pagar 50% dos dias parados, com os outros 50% sendo compensados pelos funcionários. Reivindicação A paralisação começou com os funcionários reclamando que os Correios não fizeram a incorporação de 30% de adicional de periculosidade nos salários, negociação do plano de carreira e participação nos lucros, que estariam previsto no acordo firmado em novembro do ano passado e ratificado em abril deste ano. A empresa afirma que o compromisso foi cumprido, com a adoção do plano de carreira e o pagamento de um adicional de R$ 260 já na folha deste mês. Após sorteio, o ministro do TST Maurício Godinho Delgado foi definido para ser o relator do julgamento da ação de abusividade da greve. Mas como tribunal está em recesso jurídico, Godinho só irá avaliar o processo a partir de 1° de agosto. Enquanto isso, o fim da paralisação depende de um acordo entre as partes ou uma medida liminar do presidente do TST.

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