postado em 18/07/2008 14:15
Os petroleiros ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) vão se reunir dentro de uma semana, dia 25 de julho, para decidir se iniciam uma greve nacional. A parada de produção, se aprovada, será a partir do dia 5 de agosto nas unidades da Petrobras de todo o país.
Antes disso, às 17h desta sexta-feira (18/07), a FUP faz assembléia em Macaé e Campos para apresentar proposta da Petrobras aos trabalhadores.
Os funcionários - que na última segunda-feira cruzaram os braços nas plataformas de Campos e desde ontem fazem operação padrão nas refinarias - pedem participação maior nos lucros da empresa e que o dia de retorno das plataformas seja considerado como uma das datas de trabalho, e não folga. Atualmente, a escala dos petroleiros prevê 14 dias embarcados na plataforma e outros 21 de descanso.
Ontem, reunião entre a Petrobras e o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) terminou sem acordo. Em nota, a Petrobras informou que apresentou contraproposta ao Sindipetro-NF que "atende à reivindicação do intervalo mínimo entre as jornadas de trabalho e a outras quatro demandas dos trabalhadores".
No primeiro dia, a greve reduziu a produção da Petrobras em cerca de 136 mil barris, mas a estatal mobilizou equipes de contingência, assumiu os postos dos grevistas e normalizou a produção.
Segundo a FUP, a partir de sábado os sindicatos regionais realizam uma série de assembléias para decidir sobre a greve.
Refinarias
Nesta quinta-feira (17/07), a Petrobras acionou um novo plano de contingência para fazer frente à mobilização de 48 horas iniciada na quinta-feira. A mobilização da FUP envolve refinarias e centros de distribuição em nível nacional, além das plataformas na Bacia de Campos, origem das reivindicações dos petroleiros de Macaé e Campos, no início da greve na última segunda-feira.
O movimento de alerta nas refinarias e terminais de distribuição da Petrobras suspende a troca de turnos, ou seja, os trabalhadores não serão substituídos. Na quarta, os petroleiros ligados ao Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) informaram que também vão paralisar suas atividades, por 48 horas, a partir da meia-noite de sexta-feira, em solidariedade à greve deflagrada na última segunda-feira pelo Sindipetro-NF.