Economia

Petróleo fecha em alta e retoma cotação acima dos US$131

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postado em 21/07/2008 17:30
O barril do petróleo subiu mais de US$ 2 nesta segunda-feira (21/07), impulsionado pelo bloqueio nas negociações entre representantes do Irã e dos países ocidentais sobre as atividades nucleares de Teerã. A chegada de uma tormenta no Golfo do México também pressionou a cotação. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o barril do petróleo cru para entrega em agosto encerrou a sessão cotado a US$ 131,04, em alta de 1,67% em relação ao fechamento de sexta-feira (US$ 128,88, queda de 0,32% ante sessão anterior). O preço do petróleo Brent, de referência na Europa, também avançou ICE Futures (Bolsa Intercontinental de Futuros, na sigla em inglês) e o barril para entrega em setembro terminou a US$ 132,61, uma alta de 1,86% em relação ao fechamento do pregão anterior. Esta escalada da matéria-prima, após uma semana de mais de US$ 16 de desvalorização, ocorre depois que a reunião entre representantes do Irã e do Ocidente, com a presença pela primeira vez de um enviado dos Estados Unidos, finalizou sem que fosse possível superar o bloqueio do processo de negociação do programa nuclear iraniano. As conversas realizadas no sábado (19/07) em Genebra foram precedidas de grande expectativa pela decisão de Washington de enviar seu subsecretário de Estado para Assuntos Políticos e terceiro na hierarquia do Departamento de Estado americano, William Burns. O Irã é o quarto maior produtor mundial de petróleo e o segundo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A recuperação dos preços também foi reforçada pela tempestade tropical Dolly, que entrou no Golfo do México. "A meteorologia e as questões geopolíticas contribuíram para elevar os preços do petróleo", resumiu Mike Fitzpatrick, da MF Global. Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, a tormenta tropical Dolly se dirige nesta segunda-feira da Península de Yucatán (México) ao Golfo do México, onde se concentram cerca de 25% das instalações petrolíferas norte-americanas. Segundo a entidade, há possibilidade de a tormenta se converter em um furacão até esta terça-feira (22/07).

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