Economia

Lula defende classe pobre e descarta medidas para redução de consumo

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postado em 23/07/2008 16:17
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que parte dos recursos oriundos com a venda de petróleo no país será investigada em favor dos mais pobres do país. Sem detalhar como serão executados esses investimentos, Lula defendeu a melhoria da qualidade de vida dos menos favorecidos financeiramente. "Está na hora dos pobres ocuparem um lugar de destaque nos indicadores de bem-estar social e não apenas indicadores de miséria, como no século passado", afirmou o presidente, após receber o primeiro-ministro de Trindad e Tobago, Patrick Manning. Afastando a hipótese de descontrole da inflação, Lula avisou que não pretende tomar medidas que envolvam a redução de consumo no país. Segundo ele, quaisquer iniciativas nesse sentido afetam os mais pobres que passaram, de acordo com o presidente, a comer e consumir mais. "Se tem uma coisa que o povo pobre esperou foi o direito de comer três vezes ao dia e de entrar em um shopping e comprar uma roupinha ou uma outra coisa", disse o presidente. "Vamos garantir [esse direito], custe o que custar", afirmou. Indignado, Lula disse que não se conforma com o fato de alguns setores elevarem os preços dos produtos, sob o argumento de aumento do consumo da população. "Lamentavelmente, alguns setores aproveitam o momento que o povo está consumindo para aumentar os preços", disse. "E nós precisamos cuidar disso com muito carinho. Eu não vou diminuir o consumo no país", reiterou. O presidente reiterou que será feito um esforço coletivo do governo para evitar o retorno da inflação, como no passado da economia brasileira. "Vamos fazer um esforço muito grande para evitar que a inflação volte porque ela é danosa à sociedade", disse.

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