postado em 24/07/2008 13:44
O governo espanhol reduziu de 2,3% para 1,6%, a previsão de crescimento para este ano, e também revisou para baixo, em 1,3 ponto, a de 2009, que ficou em apenas 1%, devido à crise econômica.
A revisão foi anunciada pela primeira vice-presidente do Executivo, María Teresa Fernández de la Vega, após a reunião do Conselho de Ministros que tomou a decisão.
O segundo vice-presidente e ministro da Economia e Fazenda, Pedro Solbes, explicou que a revisão se deve às variações negativas da circunstâncias internacionais desde a última revisão, feita em abril.
Entre os fatores, ele citou a alta da taxa de juros na zona do euro e o aumento do preço do petróleo, que passou dos US$ 103 o barril em março para a casa dos US$ 130.
"Só estes dois fatores justificam os sete décimos de redução", acrescentou Solbes, que disse que não se trata de uma situação que afete só a Espanha, mas também outros países da Europa.
A estes números se somam também os dados negativos do desemprego, que ficaram estimados em 10,4% para 2008 e em 12,5% em 2009.
O ministro da Economia e Fazenda considera que a recuperação poderia começar a partir do segundo semestre de 2009.
Segundo trimestre
Segundo divulgou o Instituto de Estatística espanhol nesta quinta-feira, a taxa de desemprego na Espanha ficou em 10,44% no segundo trimestre deste ano, o nível mais alto desde 2004. Ao todo, 207.400 pessoas perderam o emprego entre abril e junho, aponta a Pesquisa sobre a População Economicamente Ativa (EPA, na sigla em espanhol).
Devido a este avanço, o total de desocupados subiu a 2,38 milhões, uma cifra desconhecida nos últimos cinco anos, segundo o jornal espanhol "El País". O resultado do segundo trimestre é oito décimos superior ao fechamento de março e marca o retorno da taxa aos dois dígitos.