Economia

Justiça americana pede US$ 25 bi a banco que teria enganado clientes

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postado em 24/07/2008 14:51
O ministro da justiça do estado de Nova York Andrew Cuomo anunciou nesta quinta-feira (24/07) que apresentou um recurso contra o banco suíço UBS, acusando-o de ter enganado milhares de investidores americanos e pediu indenizações para estes últimos no valor de US$ 25 bilhões, segundo um comunicado publicado hoje. Cuomo, que também é o procurador-geral do Estado, acusa o UBS de ter apresentado, de forma errada, a seus clientes produtos financeiros chamados ARS ("auction-rate securities") como uma aplicação da qual eles poderiam se desfazer facilmente se desejassem recuperar seus fundos. "Queremos recuperar bilões de dólares em nome dos clientes do UBS e enviar uma mensagem forte ao resto da indústria para indicar que este tipo de conduta enganosa não será tolerada", explicou Cuomo no comunicado. Segundo o ministério da Justiça do estado de Nova York, 50 mil clientes estão envolvidos neste caso, entre eles 7 mil nova-iorquinos. ARS Os ARS são obrigações à taxa variável determinada por leilões, um mercado de várias centenas de bilhões de dólares, que vem enfrentando muitas dificuldades desde o início do ano. A taxa de juros destas obrigações é atualizada toda semana ou todo mês por um mecanismo de leilões. A cada leilão, o investidor que possui estas obrigações pode se desfazer delas, cedendo-as a um outro, o que as torna teoricamente muita "líquidas" ou fáceis de se vender. Mas a propagação da crise financeira bloqueou o mecanismo dos leilões em fevereiro, e o volume de ofertas diminuiu de modo significativo. O disfuncionamento impediu então os investidores de revender suas obrigações. A autoridade dos mercados de Massachusetts já apresentou, no fim de junho, um recurso na justiça contra o UBS, acusando-o de ter enganado os investidores, descrevendo as características destas obrigações e se tornando culpável por conflito de interesses. Todos os clientes Cuomo destacou que seu recurso era diferente do apresentado pelo órgão regulador do Massachusetts, na medida em que não é limitado por uma jurisdição e pode pedir a restituição dos fundos em nome de todos os clientes americanos do UBS detentores destas obrigações. Tentando fazer um gesto, o UBS anunciou, em 16 de julho, que pretende comprar até US$ 3,5 bilhões (2,2 bilhões de euros) destas obrigações de seus clientes nos EUA, para responder à falta de liquidez deste

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