Economia

Petróleo desacelera mais e fecha em US$ 123 em Nova York

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postado em 25/07/2008 17:22
O preço do petróleo voltou a cair nesta sexta-feira, um dia depois de ter voltado ao patamar de US$ 125. Sem notícias que provocassem movimentação nos preços, os investidores continuaram a vender os contratos do barril para ficar com os lucros. O barril do petróleo cru para entrega em setembro, negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), fechou cotado a US$ 123,26, baixa de 1,78%. Durante o dia, o preço máximo atingido pela commodity foi US$ 126, 51 e o mínimo, US$ 122,50. O encerramento desta sexta-feira (25/07) foi o menor desde 5 de junho. Em relação ao recorde atingido nas negociações do último dia 11, US$ 147,27, o encerramento de hoje representa um recuo de US$ 24,01. Segundo a empresa de consultoria especializada JBC em seu relatório desta sexta-feira, a preocupação pela fraca demanda global de petróleo, devido aos altos preços registrados nos últimos meses, é o principal motivo para a tendência de baixa das cotações. A pesquisa da MasterCard nos EUA feita na semana passada mostrou que, de fato, a demanda por gasolina no país caiu 3,3% no período, em relação à mesma semana de 2007. Foi a 13¦ semana consecutiva de declínio, segundo a pesquisa. Uma nova valorização do dólar frente ao euro ajudou o preço da commodity a cair. O BCE (Banco Central Europeu) fixou hoje o câmbio oficial do euro em US$ 1,5734. O aumento do dólar frente a outras moedas torna mais caro o barril para novos consumidores, que tendem, assim, a sair do mercado petrolífero (o barril é negociado em dólares). A moeda americana recuperou algum terreno depois dos indicadores econômico positivos nos EUA: o Departamento do Comércio informou hoje que as vendas de casas novas caíram 0,6%, abaixo do esperado pelos analistas, e que as encomendas de bens duráveis, que subiram 0,8% em junho, após alta revisada de 0,1% em maio. A Universidade de Michigan informou que o índice de confiança do consumidor americano na economia subiu para 61,2 pontos em julho, contra os 56,6 da leitura prévia do início deste mês e os 56,4 pontos de junho. "A alta nos pedidos de bens duráveis nos EUA favoreceu o dólar", disse à agência de notícias Reuters o analista Phil Flynn, da Alaron Trading.

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