Economia

Juíza suspende proibição de venda de ativos da VarigLog

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postado em 25/07/2008 19:14
A juíza Tatiana Magosso, da 36ª Vara Cível de São Paulo, suspendeu nesta sexta-feira (25/07) uma decisão sua proferida na terça-feira que visava a coibir a venda de ativos da VarigLog, atualmente controlada 100% pelo fundo americano de investimentos Matlin Patterson. O recurso foi ajuizado pelo ex-sócio brasileiro da VarigLog, Marco Antonio Audi, que acusa o Matlin de dilapidar o patrimônio da companhia. Em seu despacho, a juíza Tatiana informa que levou em consideração documentos apresentados pelos advogados da VarigLog do escritório Teixeira, Martins & Advogados, de Roberto Teixeira. Os papéis mostram uma decisão da 17ª Vara Cível de São Paulo, que afasta Audi e seus sócios Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel da gestão da VarigLog e da sociedade com o Matlin Patterson. A juíza concede cinco dias para Audi se manifestar. Em seu recurso, chamado protesto contra alienação de bens, Audi alega que o Matlin teria transferido seis aeronaves compradas para a VarigLog, fabricadas pela européia Airbus, modelo A330, para a empresa americana de transporte aéreo de cargas Arrow Cargo, comprada recentemente pelo fundo. Audi alega que, durante a sua gestão, a VarigLog já havia pago US$ 2 milhões pelos seis aviões. Audi já havia informado que o Matlin estaria negociando a subsidiária da VarigLog no México, avaliada em US$ 25 milhões, para a Arrow, além de outras interessadas. O Matlin não se pronuncia sobre o assunto. Ontem, a Swissport, maior empresa de serviços aéreos do mundo, afirmou que tem interesse em negociar a filial mexicana da empresa. De acordo com o diretor da área de cargas da Swissport, no Brasil, Reinaldo Góes, a negociação foi iniciada há cerca de dois anos. O executivo conta que Audi sabia do negócio e que o valor de US$ 25 milhões é alto. Ele diz que o patamar estaria mais próximo de US$ 8 milhões. Mesmo assim, Góes afirma que as negociações estão paradas por causa do imbróglio judicial envolvendo os sócios da VarigLog, que brigam desde que venderam a Varig para a Gol, em março do ano passado, por US$ 320 milhões.

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