Economia

Petróleo sobe mais de US$ 1 em NY com tensões sobre Nigéria e Irã

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postado em 28/07/2008 17:10
O preço do petróleo avançou na sessão desta segunda-feira na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). Se por um lado as tensões na Nigéria e no Irã empurraram o preço para cima, o recrudecimento do consumo por combustíveis nos Estados Unidos seguraram os ganhos. Os contratos do barril de petróleo cru para entrega em setembro fecharam a US$ 124,73, em alta de 1,19% em relação ao fechamento de sexta-feira (US$ 123,26). Ao longo da sessão, a cotação mínima foi de US$ 124,60, e a máxima chegou a US$ 125,22. Em Londres, o barril do petróleo Brent, de referência na Europa, também para entrega em setembro avançou para US$ 125,84 - em alta de 1,06%. "Esta recuperação se deve atribuir ao Movimento de Emancipação do Delta do Níger (Mend). Mas duvido que vá se prolongar, em vista dos numerosos sinais que indicam um esgotamento da demanda", disse John Kilduff, analista da MF Global. A jornada desta segunda-feira esteve mercada pelo ataque do Mend, que sabotou na noite de domingo (27/07) dois oleodutos da Shell no sul da Nigéria. O porta-voz da Shell, Tony Okonedo, confirmou pelo menos um dos ataques. A Nigéria, segundo produtor africano de petróleo (atrás somente da Angola), perdeu um quarto de sua produção desde janeiro de 2006 devido à violência e sabotagens. Por outro lado, os mercados seguem atentos ao projeto nuclear iraniano, depois que o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad anunciou, durante o fim de semana, que seu país dispõe entre 5.000 e 6.000 centrífugas destinadas às atividades de enriquecimento de urânio. As grandes potenciais deram um prazo até o sábado para que o Irã apresente uma resposta clara à ultima oferta de cooperação para suspender o processo de enriquecimento de urânio, que o país afirma ser para uso civil - ainda que se tema que seja para fabricar armamento nuclear. Por outro lado, sinais de enfraquecimento do consumo da matéria-prima nos Estados Unidos limitaram os ganhos. Segundo divulgou o departamento de Transporte dos EUA, os americanos trafegaram menos em maio deste ano --queda de 3,7% em relação a maio do ano passado. O total de quilômetros percorridos nos cinco primeiros meses do ano é o mais baixo desde 2003.

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