postado em 28/07/2008 19:45
O Itamaraty afirma que tomou a decisão de apoiar um pacote na Organização Mundial do Comércio baseado no "interesse nacional". O chanceler Celso Amorim justificou hoje sua decisão de ter sido o primeiro país a aderir ao pacote da OMC para salvar a Rodada Doha e de se distanciar da posição de uma grande parte dos países emergentes.
A iniciativa gerou surpresa entre outros países emergentes, que continuam rejeitando o pacote que prevê cortes de tarifas e de subsídios nos países ricos. Mas também exige a redução de medidas protecionistas nos países emergentes.
"Apoiamos o pacote porque consideramos que é o melhor para o Brasil e para o Mercosul. Se apoiasse posições extremadas, teria que trair interesses brasileiros e de sócios como Paraguai, Uruguai e mesmo a Argentina", justificou Amorim.
Sinais
Na avaliação do Itamaraty, os sinais dos países ricos foram suficientes para que o Brasil pudesse aderir ao pacote, admitindo que os exportadores nacionais teriam ganhos em áreas importantes e que esperava um acesso novo nos mercados ricos para o etanol como resultado da Rodada. Mas, para Argentina e Índia, o que Europa e Estados Unidos ofereciam não era suficiente