postado em 29/07/2008 09:03
O Índice de Confiança da Indústria (ICI), indicador-síntese da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, caiu 0,7% em julho ante junho, informou nesta terça-feira (29/07) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No mês passado, o índice teve alta de 1,6% ante maio.
O ICI é um indicador que utiliza para cálculo uma escala que vai de 0 a 200 pontos, sendo que o resultado do índice é de queda ou de elevação, se a pontuação total das respostas fica abaixo ou acima de 100 pontos, respectivamente. De junho para julho, o indicador caiu de 121,8 pontos para 120,8 pontos. Na comparação com julho do ano passado, o ICI também registrou queda de 0,7% em julho - resultado inferior à elevação de 3% em junho, na mesma base de comparação.
Ao detalhar o desempenho de julho, a FGV esclarece, em comunicado, que "o resultado geral mostra que a indústria mantém-se aquecida, mas com um ritmo de atividade um pouco menos intenso que o registrado no segundo semestre de 2007."
O ICI é composto por dois indicadores. O primeiro é o Índice da Situação Atual (ISA), que caiu 1,7% em julho, ante alta de 1,2% em junho. O segundo componente do ICI é o Índice de Expectativas, que apresentou avanço de 0,4% em julho, em comparação com a elevação de 2,2% em junho. Na comparação com julho do ano passado, houve alta de 0,3% para o índice de Situação Atual e queda de 1,8% para o indicador de Expectativas.
O levantamento para cálculo do índice foi entre os dias 1 e 25 desse mês, em uma amostra de 1.042 empresas informantes.
Capacidade instalada
O Nível de Utilização de Capacidade Instalada (Nuci) da indústria sem ajuste sazonal atingiu 86,1% em julho, segundo a FGV. No mês passado, o nível, sem ajuste, registrou resultado de 86,4%.
Na série mensal elaborada pela FGV para o índice, sem ajuste sazonal, o Nuci registrado em julho foi o menor patamar registrado desde maio deste ano, quando atingiu 85,6%.
Cautelosos
Os empresários se mostraram mais cautelosos em julho, ao avaliarem o futuro da situação de seus negócios. Segundo a fundação, nas respostas sobre as expectativas, das 1.042 empresas consultadas em julho, 56,9% esperam melhora na situação dos negócios, nos próximos meses, e 7,2% aguardam uma piora no cenário. Entretanto, em julho do ano passado os porcentuais para essas mesmas respostas eram de 62,9% e de 4,2%, respectivamente, um resultado "bem mais favorável", na análise da fundação.
Porém, a FGV observou, em comunicado, que dos quesitos integrantes do índice de confiança relacionados ao presente, destacou-se o aumento do grau de satisfação com a situação geral dos negócios. "Entre abril de 2008 e julho de 2008, a parcela de empresas que a avaliam como boa a situação atual elevou-se de 31,1% para 40,2%, enquanto a proporção das que a consideram fraca aumentou de 6,3% para 7,6%", informou, em comunicado.